A igreja foi criada em função do indivíduo e não o indivíduo em função da igreja. Qualquer pessoa que já leu os ensinos de Jesus conhece esse princípio. Nosso problema em relação a ele não é o conhecimento, mas a prática política.
Como a igreja é um conjunto de indivíduos, a ação organizada, articulada, de um grupo menos atento à ética, aos direitos individuais, acaba não somente se sobrepondo às reais necessidades da maioria, mas também, muita vez, negando a ela o que lhe pertence por direito humanitário.
(O raciocínio é o mesmo para qualquer outro sistema ou instituição).
Entretanto, aqui e ali surgem indivíduos “problemáticos”, “in-conformados” que, tendo conseguido perceber o equívoco da ordem estabelecida, pensam sobre o sistema, compreendem que as coisas não são e nem deveriam ser como estão e resolvem não somente gritar que “o rei está nu”, mas também mobilizar outros no sentido de alterar a realidade.
Geralmente o discurso dos “rebeldes” encontra eco rapidamente simplesmente porque ele se torna a voz que faltava à maioria sufocada. Porém, a resistência a ele também aumenta proporcionalmente à profundidade dos problemas denunciados. É que, ao denunciar os problemas, a situação dos que mantém algum tipo de dependência do sistema se desestabiliza tornando inevitável uma reação.
A beleza de o evangelho ser primeiramente para o indivíduo é que é a partir do indivíduo que as coisas acontecem. Mesmo reconhecendo que “uma andorinha só não faz verão”, é inegável que, se pudéssemos identificar o ponto zero do início da história de cada movimento social por mudanças, ali encontraríamos um indivíduo que reagiu corajosamente ao desenvolver uma percepção diferente da dominante.
Não defendo um evangelho individualista, mas não posso deixar de reconhecer a importância do papel individual na construção de caminhada coletiva.
Tal compreensão faz com que, a despeito do valor que atribuo à caminhada solidária, ao papel coletivo nas questões sociais, me mantenha, também, comprometido com a proclamação do evangelho a cada indivíduo. Continuo crente que o evangelho é poder de Deus gerando salvação a partir de corações genuinamente convertidos ao seu amor.
“Na época áurea de Hollywood, duas mulheres disputavam ferrenhamente o posto de fofoqueira mais poderosa da América: Louella Parsons (1881-1972) e Hedda Hopper (1885-1966) (J.G.Couto, Carta Capital, 4.11.09 )
Famílias se dividem, igrejas perdem o brilho, partidos se repartem, pessoas ficam desempregadas, desesperadas e estigmatizadas, relacionamentos são prejudicados simplesmente pelo poder destruidor da palavra.
Não se trata, portanto, de tema de segunda categoria. É assunto que merece atenção.
Pessoas de língua afiada brotam como erva daninha em qualquer ajuntamento humano. Frustradas, com complexo de inferioridade, não imaginam que podem superar, através de caminhos saudáveis, os traumas impostos pela vida. Humilhar, acreditam, seria o antídoto para o sentimento de humilhação que carregam. Destruir a imagem alheia abafa a dor de seus abalos.
Não nos enganemos. As mais poderosas línguas afiadas não se caracterizam por falar muito. Pelo contrário, falam pouco, sem serem notadas. Não falam abertamente em grande grupo. Preferem a “boca miúda”, o “pé de ouvido”. Escolhem cuidadosamente a quem falar. Sabem como espalhar um boato, uma difamação, correndo o mínimo possível de risco de serem descobertas.
Como ventríloquos, seus maiores aliados são os ouvidos de bonecos.
Quem dá ouvido a fofocas, revigora o linguarudo. Repassando informação sem certificar-se, sem ouvir o outro lado, reage exatamente do jeito que o produtor de fofocas espera. Por isso, a postura de quem dá ouvidos é tão danosa quanto a de quem tem língua afiada. Quem tem ouvidos de boneco pode ser classificado de fofoqueiro passivo.
É claro que há situações em que não há como fugir. Por uma questão de educação aguardamos o fim da “conversa”. Na esperança de não perder o relacionamento, evitamos confrontar a peçonhenta pessoa e nos retiramos.
Se, entretanto, quisermos ajudar tais pessoas, o melhor caminho é levá-las a perceberem as causas de tal postura, os sentimentos que as levam a serem intrigantes. Caso não nos sintamos preparados para isso, o melhor é não levarmos a sério o que elas dizem e, em último caso, nos afastarmos delas.
Nas igrejas, línguas afiadas e ouvidos de bonecos encontram no ativismo religioso, no conhecimento bíblico, na aparência de espiritualidade, ótimos esconderijos. Portanto, se nosso interesse é cooperar com a construção e manutenção da comunhão, prestemos atenção para não bebermos "água doce" de fonte salgada.
As palavras Sérgio Pimenta
As palavras não dizem tudo
Mesmo que o tudo seja facíl de dizer
Com certeza fala bem melhor o mudo
Se sua atitude manifesta o que crê.
Compromisso submisso omisso
Ou faz o que fala ou se cala de uma vez
Que não venha sobre si justo juizo
Pois terrivel coisa é cair nas mãos do rei
Mesma lingua que abençoa amaldiçoa
Mesma lingua canta um hino e traz divisão
não pode da mesma fonte o doce e amargo
se Cristo habita de fato no coração
Idéias... Não existe exclusividade; São um patrimônio da humanidade: Um pensa aqui... Outro pensa ali... E outro pensa acolá. Idéias. Não ex...
Fundamentos da minha fé
"Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu filho unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3.16)
"Nisto conhecemos o que é o amor: Jesus Cristo deu a sua vida por nós, e devemos dar nossa vida por nossos irmãos" (I Jo. 3.16)
"Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos" (I Jo. 3.14)
"Se alguém tiver recursos materiais e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus" (I Jo. 3.17)
"E eles também responderão: 'Senhor, quando te vimos com fome ou com sede ou estrangeiro ou necessitado de roupas ou enfermo ou preso e não te ajudamos?' Ele responderá: 'Digo-lhes a verdade: o que vocês deixaram de fazer a alguns destes mais pequeninos, também a mim deixaram de fazê-lo'". (Mt. 25.44-45)
Erros e Problemas Comuns no Blogger
-
Veja como Corrigir Falhas do Blogspot rapidamente. Dicas Uteis para
solucionar alguns problemas e falhas do Blogger que já aconteceram com a
maioria dos do...
SOBRE JULGAMENTOS
-
“Há duas coisas que o Senhor Deus detesta: que o inocente seja condenado e
que o culpado seja declarado inocente.” Provérbios 17:15 Nesses dias de
esfriam...
TEMPO E ETERNIDADE
-
Que é o tempo?
Como explicar a natureza do tempo?
Tempo absoluto e/ou tempo relativo?
Quais as implicações do pensamento sobre a natureza do tempo?
Co...
Abo Imo Pectore
-
ABO IMO PECTORE. Esta expressão do latim significa: “do fundo do meu
coração”; é quando permito ir ao fundo de mim mesmo e conheço os reais
motivos que me ...
Há 16 anos
"Ninguém se espante me vendo com criaturas tidas como envolventes e perigosas, da esquerda ou da direita, da situação ou da oposição, antirreformistas ou reformistas, antirrevolucionárias ou revolucinárias, tidas como de boa ou de má fé.
Ninguém pretenda prender-me a um grupo, ligar-me a um partido, tendo como amigos os seus amigos, e querendo que eu adote as suas inimizades. Minha porta e meu coração estarão abertos a todos.
Absolutamente a todos. Cristo morreu por todos os homens. A ninguém devo excluir do diálogo fraterno."
(Dom Hélder Câmara, em sua posse como arcebispo de Olinda e Recife, na década de 60, durante o período do regime militar no Brasil)
"A vida me mostrou que a seriedade e importante para a carreira, mas precisamos redefinir seriedade. Profissionais serios, engajados naquilo que fazem, estao sempre se aprimorando, buscando a excelencia. a seriedade, qua do se traduz em compromisso (com a empresa e com os colegas de trabalho), tem a ver com resultado. Mas nao com cara amarrada. Lideres que conseguem unir a seriedade ao bom humor tem maior facilidade de criar um ambiente agradavel e de alto desempenho" (Eugenio Mussak, professor de MBA da FIA e consultor da sapiens Sapiens, em VOCE S/A, março 2010)