terça-feira, 6 de setembro de 2016

Os batistas e a liberdade de pensamento e expressão

Todos - inclusive, portanto, nós batistas e especialmente nós seus líderes - enchemos os pulmões quando dizemos que defendemos a liberdade de pensamento e de expressão - mas silenciamos e até articulamos - passiva e ativamente - contra aqueles que, quando se expressam, incomodam nosso status quo.

Digo incomodam nosso status quo, pois até quando defendemos uma doutrina, um pensamento, no fundo estamos defendendo um segmento ao qual nos unimos e nos subordinamos intelectualmente, porque nos interessa fazê-lo.

O uso de expressões como "estou defendendo o evangelho" ou "estou defendendo a Bíblia" é apenas uma forma de impressionar e até coagir os que divergem do nosso pensamento, pois o evangelho e a Bíblia não precisam de defensores. Eles - o evangelho e a Bíblia - se sustentam por sua própria natureza e a história está aí pra comprovar. Nenhuma mensagem ou livro sofreu e sofre tanto ataque quanto o evangelho e a Bíblia, mas, a despeito disso, estão aí mais vivos do que nunca, não por causa dos pseudo-defensores, mas porque a mensagem, em seu espírito, produz vida.

Os que se dizem "em defesa da fé", na verdade são defensores de uma ideologia que utiliza a força da religiosidade sobre o ser humano para se impor.

O evangelho e a Bíblia não precisam de defensores, mas de humildes e amorosos seguidores. Nisso está sua força.

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