Relações trabalhistas no ministério pastoral batista
Uma pessoa me questionou: por que pastores batistas nada falam sobre as mudanças na legislação trabalhista?
Simples.
1. Pastor batista não tem carteira de trabalho;
2. Pastor batista não é subordinado às leis trabalhistas;
3. Pastor batista não tem estabilidade no "emprego";
4. Pastor batista, quando muito, negocia com a igreja local suas condições de trabalho (e da parte que representa a igreja nas decisões salariais, há generosos e mesquinho, há patrões e empregados, há desempregados e super bem empregados, há de direita e de esquerda, há economicamente conservadores e liberais, enfim, e poucos se interessam em avaliar a complexidade da instituição e do trabalho pastoral);
5. Férias, 13o, Fundo de Garantia, Plano de Saúde, INSS, tudo precisa ser acordado entre as partes;
6. A relação entre um pastor e uma igreja batista pode ser rompida pelo simples desejo de uma das partes;
7. Não existe indenização demissória, exceto se tiver sido acordada no início da caminhada;
8. Pastor batista nem entra com ação na justiça do trabalho porque seu trabalho não é considerado profissão, mas sacerdócio;
9. Há pastor batista com salário (prebenda) digno, mas a maioria vive em condições salariais semelhantes a da maioria empobrecida da população brasileira;
10. A relação de trabalho entre um pastor e uma igreja batista é classificada como ultraliberal.
Se isso é bom ou ruim, seria outro assunto. Mas é assim.
Talvez por isso as discussões sobre desregulamentação das relações de trabalho no Brasil não provocam reações significativas da parte pastoral batista.
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