A pergunta constante da Igreja Batista da Graça.SSA
Fui criado num tempo e local em que as
opções de igrejas para evangélicos giravam em torno de meia dúzia. Como havia
uma distinção muito mais clara daquilo que as diferenciava doutrinariamente,
uma vez definida aquela da qual participaríamos, ficávamos sem outra alternativa
na mesma cidade. Assim, ou havia envolvimento a despeito do que não se gostava
ou não havia envolvimento algum.
Hoje as coisas são bem diferentes e
melhor. Em termos religiosos a cidade funciona como uma gôndola de
supermercado. As opções são tão múltiplas quanto às matizes das cores. Há
igrejas para todos os gostos e desgostos, por isso, as razões que levam uma
pessoa a participar de determinada igreja variam muito.
Idealmente diríamos que uma pessoa
deveria participar de uma igreja por ter tido uma experiência com Deus em Jesus
Cristo e, a partir dela e dele, desenvolver uma compreensão tal do ensino bíblico
sobre igreja que jamais deixaria de participar de uma delas, seja com ou sem
nome; com ou sem CNPJ; com ou sem sede própria; com ou sem estrutura
organizacional, e assim por diante.
O fato, porém é que vivemos num tempo
em que o sentimento fala mais alto. Nele, o mais importante é a pessoa
sentir-se bem, diz-se. Jesus Cristo é só um detalhe. Porque Jesus é só um
detalhe o que sabemos a respeito dele e sua igreja, na única fonte disponível,
a Bíblia, torna-se irrelevante. Importante é o que sinto no ajuntamento
religioso e o significado que dou à experiência, diz-se.
É claro que sentir-se bem é importante
na escolha de uma igreja, mas não é o único, muito menos o mais importante
motivo para sermos igreja. Se Jesus
Cristo tem algo a ver com nossa vida, no mínimo nos espelhamos em suas
atitudes, palavras e ações para vivermos ou não em comunhão, em igreja.
Todas as demais razões ou sentimentos devem passar pelo crivo da nossa relação
com ele. Assim, a primeira pergunta que uma pessoa deve fazer-se ao pensar em
participar de uma igreja é: o que tenho a ver com Jesus ou o que Jesus tem a
ver comigo?
Não ter resposta a essa pergunta não
é, de modo algum, impeditivo para participar-se de um culto, mesmo que
regularmente. Ouvir palavras de quem busca em Deus ensinamentos para o bem
viver é sempre melhor do que ensurdecer-se. Deve, porém saber que, se a igreja
da qual participa entende o significado bíblico do ser cristão, sua vida sempre
será confrontada com a mesma pergunta feita por Pilatos: “o que farei de Jesus
chamado Cristo?”.
Desejo que essa seja a pergunta
constante da Igreja Batista da Graça.
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