quinta-feira, 19 de julho de 2012

Profissionais da Educação - 19.07.12 - 88/100 dias de oração pelo Brasil

É oportuno orarmos hoje pelos profissionais da educação. Sempre é oportuno orar por eles. Todos dependemos e continuaremos dependendo deles para bem viver. Quem ensinou os que atuam nas profissoões mais rentosas? Quem ensinou os que atuam nas profissões mais influentes da sociedade? Quem ensinou os profissionais mais procurados do mercado? Foram os profissionais da educação. Profissionais de outras áreas contribuem para a educação em estágios mais avançados. Você já ouviu falar de engenheiro, advogado, médico, economista, administrador, etc., ensinar no ensino fundamental? Você tem idéia de quantos dessas e outras profissões atuam no ensino médio? Pois é, atuam geralmente em graduação ou pós!

Uma das causas possíveis para a baixa remuneração dos profissionais da educação seria a lei da oferta e da procura. O fato de atuarem numa área cuja oferta de mão de obra é sempre maior do que as vagas disponíveis (não das necessárias), a tendência seria a desvalorização salarial.  Se é assim, por que o Estado não atua como regulador, como faz em relação às safras de alimentação ou ao valor do dólar? A resposta parece simples: nossos governantes se guiam por resultados de curto prazo, com efeitos políticos e financeiros imediatos e a educação é investimento de longo prazo que traz poucos efeitos eleitorais. O problema, portanto, é político-cultural.

Diante da desvalorização, o perfil dos profissionais da educação é um retato perfeito do comportamento de todos nós. Entre trabalhar no que se gosta e no que dá dinheiro, a segunda opção é sempre a escolhida, pois ter dinheiro possibilita ter e fazer coisas que podem compensar o desprazer de trabalhar naquilo que não seria a opção número 1. Os que insistem em fazer o que gostam ficando na educação são minoria. Assim, a sociedade perde, cada vez que alguém que seria ótimo profissional da educação opta por seguir por outro caminho por razões financeiras. E perde também, quando os que gostam e permanecem na educação trabalham insatisfeitos com a remuneração que recebem.

Se esse raciocínio estiver correto, somente um reposicionamento de cada cidadão, na hora de escolher seus dirigentes, poderia mudar o rumo das coisas. O caminho seria procurar candidatos que tanto reconhecem (comprovadamente e não discursivamente) a importância da educação quanto reconhecem que há um problema de mercado. Eles poderiam atuar no sentido de encontrar e aplicar mecanismos de regulação, visando valorizar os profissionais da educação. Aqui surge novo problema: nós não participamos dos partidos, apenas ratificamos, nas urnas, nomes por eles disponibilizados. E eles, em sua maioria absoluta, bondosamente falando, estão preocupados em nomes que os garantam no poder,
para usufruirem dos benefícios financeiros decorrentes, não em interessados na promoção de mudanças.

Lanço então a criação do Partido da Educação. Já pensou? Só poderia fazer parte dele quem manifestasse clara e inequivocamente interesse pela valorização da educação, em todos os seus aspectos, incluindo, portanto, o profissional da educação. Se você topar, já podemos marcar a primeira reunião para estruturar o projeto!


Enquanto sonhamos, oremos pelos profissionais da educação e ajamos, através dos meios existentes e pensando nos que podem ser criados, a fim de que eles - os profissionais - se sintam apoiados, devidamente valorizados e comprometidos com trabalho e mudanças necessários no sentido de construirmos um pais no qual os valores do Reino predominem.


Abraços do seu pastor,

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