quarta-feira, 14 de maio de 2014

A Escolha do Ministro de Adoração


A expressão “ministro de adoração” é discutível se avaliada estritamente do ponto de vista teológico. Nesse campo do conhecimento, adoração é entendida como uma atitudedo ser humano perante o criador, expressa através de todas as múltiplas dimensões da vida.

Embora as atribuições do referido ministro estejam circunscritas a aspectos relacionados à liturgia e música, o uso da expressão “ministro de adoração” não é inadequado, pois a liturgia não apenas é, em tese, uma expressão de adoração, mas através dela visa-se também estimular pessoas a viverem a adoração em toda a sua plenitude. Nesse sentido, o uso de tal designação é aceitável.

Definições a parte, o fato é que há quase um ano estamos sob a liderança de uma “Ministra Interina de Adoração” e agora, com a mudança dela para Ilhéus, necessitamos agilizar o processo de escolha de uma pessoa para assumir efetivamente o cargo.

Em nossa igreja, o Ministro de Adoração tem, dentre outras, as seguintes responsabilidades:



1. Elaboração, coordenação e execução dos programas de culto de quarta-feira, domingos e ocasiões especiais, em comum acordo com o pastor-presidente;

2. Formação e renovação do repertório musical utilizado nos cultos, inclusive avaliando as letras das músicas, em seus aspectos teológicos e ideológicos;

3. Supervisão das atividades de coros graduados (infantis, adolescentes, jovens e adultos), relacionadas à Igreja;

4. Supervisão das atividades de grupos musicais (Contraponto, Graça em Arte e Adoração, etc) relacionadas à Igreja;

5. Supervisão das atividades das bandas e vocais de apoio (backing vocals) relacionadas à Igreja;

6. Promoção ou supervisão de cantatas;

7. Elaboração de escalas mensais para revezamento de instrumentistas, vocais de apoio (backing vocals) e mensagens musicais através de solosgrupos ou Coros;

8. Supervisão das atividades de sonoplastia e imagem nos cultos;
9. Supervisão da agenda de espaços de ensaios musicais;

10. Supervisão e manutenção dos equipamentos musicais;

11. Aprovação do uso das verbas financeiras destinadas pela Igreja ao ministério;

12. Fomento do interesse pela música proporcionando oportunidades para educação musical através de Oficinas, congressos, etc;

13. Administração de conflitos entre integrantes de seu ministério, em comum entendimento com o pastor-presidente.

Não é tarefa do Ministro, elaborar programações de atividades particulares tais como casamentos, aniversários, formaturas, chás de cozinha, funerais e outras do gênero. Em atividades desse gênero seu papel é orientar os que buscam sua ajuda e participar, na condição de membro da igreja, de acordo com sua disponibilidade.

Percebe-se facilmente, portanto, que nenhum ser humano seria capaz de realizar pessoalmente todas essas tarefas com qualidade técnica e manutenção da própria qualidade de vida, seja pela quantidade versus tempo, seja pela quantidade versus número de membros e de iniciativas musicais na Igreja. Por isso falamos em termos de responsabilidade e não de realização.

A realização depende em parte dos casos, de colaboradores dispostos e disponíveis para o serviço, voluntária e responsavelmente, e, em todos os casos, de comprometidos com o evangelho de Jesus Cristo, conscientes de sua missão, cujos dons são colocados a serviço do Reino de Deus, em resposta ao amor de Deus que alcançou seus corações.

Assim sendo, é essencial que um “Ministro de Adoração”, além do conhecimento e domínio técnico de música, seja comprometido espiritualmente com a pessoa de Jesus Cristo; empenhado numa vida cheia do Espírito Santo edisposto a aperfeiçoar-se em liderança de “servos-artistas”(que, como todos nós em nossos dons, tendem mais a se expressarem como artistas do que como servos).

É essencial, finalmente, que ele reconheça as idiossincrasias da Igreja Batista da Graça; seu desejo de “ser uma igreja acolhedora, contemporânea e distribuída em pequenos grupos; comprometida com o discipulado cristão visando transformações individuais e sociais; que valoriza a família com prioridade para crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais” e seu compromisso de “anunciar Cristo através de atitudes, palavras e ações”.

Comprometa-se a orar por este processo de escolha, para que o resultado esteja afinado ao agir de Deus neste tempo e local.

2 comentários:

Unknown 14 de maio de 2014 às 14:06  

Perfeito!

Anônimo 15 de maio de 2014 às 09:45  

Muito boa essa reflexão. Parabéns Pastor, foi muito feliz em suas colocações. Alguns músicos esquecem que tem um ministério a cumprir.
Carmem Rejane