quinta-feira, 13 de junho de 2019

O amor


O amor

Uns dizem ser um sentimento
Outros, atitude que modela a ação
Outros, ainda, uma escolha
E ainda alguns outros, uma decisão.
E também é comum admitir-se:
Ele é, quimicamente, uma emoção.

Se ele brota espontaneamente
E não precisa ser cultivado.
Se ele pode ser cultivado,
Mas pode e precisa ser controlado
Se seus alvos são abrangentes
Ou se podem ser canalizados,
O fato é que a todos  toca
E, diante dele, ninguém fica alienado.

Quando ele alcança o coração
Enfrentamos tudo em seu nome 
Curtimos os tempos de calmaria
Arregaçamos as mangas nas tempestades
Lutamos contra tudo, todos e todo tipo de dificuldades
Mas não abandonamos o que nos fez experimentar
Este fenômeno que altera a realidade.

Por ele choramos
Por ele sorrimos
Por ele acordamos
Por ele dormimos
Por ele nos iluminamos
Por ele nos iludimos
Por ele negamos
Por ele assumimos
E seja por tanto bem que nos faz
Ou mesmo pelas dores que sentimos
Ele sempre estará lá, agindo.
É por ele que reagimos.

Olhe para trás e recorde o quanto sorriu
Olhe para trás e recorde o quanto sofreu
Olhe para trás e recorde tudo que partiu 
Olhe para trás e recorde tudo que uniu
Olhe para trás, foi ele que  moveu,
Mesmo que não tenha tido consciência,
Mesmo que, envolvido, não percebeu.
Foi pelo amor que lutou.
Foi por ele que sobreviveu.


(Enquanto hoje chove muito e continuamente lá fora e  me lembro de ontem, do "Dia dos Namorados", resolvi escrever estas linhas pensando nessas décadas de vida com Gláucia, começadas oficialmente em 15/10/1981)

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