terça-feira, 21 de maio de 2019

Autonomia, cooperação e liberdade

Autonomia, cooperação e liberdade

Um dos maiores desafios da caminhada de uma Convenção Batista é, pelo lado de seus dirigentes, terem cosciência indubitável da AUTONOMIA da igreja local e, pelo lado das igrejas, estarem profundamente convencidas de que a COOPERAÇÃO é a chave do desenvolvimento de um grupo, seja de indivíduos, seja de igrejas.

Autonomia e cooperação são dois valores que, isolados um do outro, nos fazem sentir numa corda bamba. 

A autonomia das igrejas exige que os dirigentes da Convenção se convençam de que a participação de uma igreja é uma conquista contínua permanente e que sua manutenção exige clareza de missão, visão e valores como trilhas da cooperação, transparência das informações como sustentação da fidelidade e democracia, formal ou informal, como caminho decisório.

A necessidade de cooperação deve apntar às lideranças das igrejas que, sem esse espírito, família, igreja, denominação e sociedade em geral estão fadadas à morte, ainda que os sinais não indiquem,  nem se perceba isso no curto e médio prazo.

O binômio autonomia-cooperação transita pela estrada da liberdade. É no reconhecimento da liberdade como princípio fundamental, não na chantagem, na coação, na manipulação, na imposição, na uniformidade, na mentira, na exclusão do diferente, no uso do medo, enfim, que relações saudáveis e duradouras se constroem. 

A liberdade de pensar, de expressar o pensamento, de crença, seja em termos teológicos, políticos, organizacional-administrativo-operacionais, enfim, é frágil, mas sem ela a autonomia e a cooperação se definham.

Não por acaso, a liberdade é um dos pilares da história dos batistas. Ameaçá-la é o primeiro sintoma de que estamos perdendo o equilíbrio na relação entre autonomia e cooperação.

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