Mulheres, jovens e a Convenção Batista Baiana
Dentre os ajustes feitos no aperfeiçoamento do Regimento Interno da Convenção Batista Baiana, nessa assembléia de Valença, duas de natureza política produzirão efeitos interessantes a longo prazo:
1. A cota mínima de mulheres e jovens no Conselho Geral. A partir de agora, a cada renovação do terço do Conselho será obrigada a inclusão de pelo menos uma mulher e um joven com menos de 30 anos.
O romântico, desconectado da história, diria que isso não deveria ser por força de lei, mas de consciência. A lei, entretanto, tem também um valor pedagógico. Sem ela, a machocracia e a gerontocracia culturalmente introjetada em nossas mentes, além de nossa dificuldade de largar o osso, perpetua-se sem nos darmos conta.
A cada ano a presença de mulheres e jovens contribuirá para o equilíbrio na forma de se ver e decidir as realidades denominacionais e raios de luz penetrarão nos, algumas vezes, quartos sombrios de nossas reuniões;
2. Eleição e não mais nomeação da Comissão de Indicações. A nomeação era de responsabilidade do presidente. Consciente ou inconscientemente, a tendência seria de nomear pessoas que se afinavam à nossa imagem e semelhança, que por sua vez indicariam pra os Conselhos e comissões pessoas à sua imagem e semelhança.
A tendência sempre foi compor a comissão com homens pastores.
Com a mudança, a cada assembleia o plenário elegerá esta comissão pelo voto e assim ela terá mais o rosto dos batistas do que do presidente dos batistas.
Um exemplo disso é que, nesses anos que participo da CBBA, até onde me lembro é a primeira vez que a comissão terá uma mulher como relatora, por eleição.
Além disso, a comissão será eleita em uma assembléia para trabalhar na outra, tendo mais tempo para refletir.
Aumentada a consciência desses fatos, a juventude terá um motivo a mais para ir às assembléias e o plenário influênciará ainda mais nos destinos da Convenção.
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