quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Eu por mim mesmo

Eu por mim mesmo

Vejo-me como pastor, 
Não enganador,
Acusador,
Ou juiz de pessoas.
Muito menos como empresário da religião.

De Deus, 
Empenho-me apenas para ser servo, 
Jamais advogado.

Tenho lado, o lado de Jesus de Nazaré.
Quando, porém, meu galo canta,
Resta-me dizer: "tu sabes que eu te amo".
E dele, que não é 
Fundamentalista, 
Intolerante, 
Arrogante,
Nem regido pelo marketing das aparências,
Pelo carreirismo ministerial,
Ou conivente-dependente dos poderes eclesiásticos,
Ouço: "Apascenta minhas ovelhas".

Na vida,
Decidi não me reger
Pelo que me falta,
Pelo que fui,
Pelo que não fui,
Pelo que poderia ser, 
Muito menos
Pelo que poderia ter sido.
Tão somente sou grato pelo que sou.
Administro o que tenho hoje.
Trabalho pelo que precisarei amanhã.

Interfiro naquilo que está a meu alcance.
No que dependo de terceiros, 
Reflito, 
Oro,
Ora ajo,
Ora reajo
Ora observo,
Ora descanso.

Porque sou gente,
Sinto minhas alegrias,
Meus medos,
Minhas tristezas,
Minhas raivas,
Meus amores.
Sou tentado.
Fico ansioso.
Confio.
Espero.
Prossigo.
Vivo meus prazeres
E minhas dores.

Sou sábio ou esperto?
Sou ingênuo ou perspicaz?
Sou opaco ou transparente?
Sou eu?


Edvar Gimenes de Oliveira

2 comentários:

Libna Villarinho 7 de setembro de 2017 às 14:19  

A descrição de um servo de Deus, deixando explícita a consciência de ser humano. Por isso Deus o usa!

Thales Madeiro 8 de setembro de 2017 às 11:40  

Obrigado Edvar, tenho certeza que nosso Pai se alegra com sua vida.