quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O pecado da difamação



Você já foi vítima de difamação?  Se sim, sabe o quanto é danoso perder a boa fama, o crédito, a reputação, por ser desacreditado ou ter a honra manchada.

Nesses dias de eleições, difamação tem sido uma das palavras mais praticadas. Como nas disputas eleitorais geralmente os fins justificam os meios, é tido como normal destruir a honra de alguém para vencê-lo nas urnas. É tão normal que, na era da internet, cuja origem das mensagens enviadas é possível de ser identificada, mas o processo é relativamente trabalhoso, até mesmo pessoas que se declaram comprometidas com Jesus entram na dança do repasse irresponsável de todo tipo de mensagem que “desconstroi” a imagem dos adversários e ajuda na eleição do candidato preferido.

Em nome da fé, usando o artifício da difamação, líderes religiosos passaram a orientar suas igrejas a não votarem nesse ou naquele partido, demonizando gente de histórico limpo de partido contrário e divinizando gente com histórico sujo de partido de sua preferência.

A difamação é tão antiga quanto à história do povo de Israel. Por isso, no início da institucionalização desse povo, recomendações aparecem nos textos sagrados, como por exemplo:

“Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo” (Lev. 19.16)

“Não levantarás falso boato e não pactuarás com o ímpio, para seres testemunha injusta” (Exodo 23.1)

“Senhor, quem entrará no teu santuário para te adorar?  ... Aquele que não difama com a sua língua...” (Salmos 15.3)

Da difamação, nem Neemias, grande administrador e líder político, nem Jesus, nosso Senhor, escaparam. Semaias foi subornado por Sambalate, Tobias e Gesem, mas Neemias entende a ação e declara:

Para isto o subornaram, para me atemorizar, e para que assim fizesse, e pecasse, para que tivessem alguma causa para me infamarem, e assim me vituperarem. (Neemias 6.13)

Já os fariseus, diante de uma ação milagrosa de Jesus em favor de um endemoninhado, cego e mudo, diziam: “Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios”. (Mt. 12.24)

Graças a Deus que nem só de maus exemplos a história bíblica é feita. José, de Maria, é um exemplo positivo. Diante da gravidez da futura esposa, sem que tivessem mantido relações sexuais, ele poderia fazer uso da lei, causando danos a ela. Porém, o texto sagrado nos informa:

“Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.” (Mt. 1.19)

Não difamar, portanto, também é uma questão de justiça e justiça é um valor precioso do Reino de Deus. Se não abandonamos esta iniqüidade por amor e respeito à palavra de Deus, não só receberemos a justa recompensa divina, mas também corremos o risco de sermos condenados pelo sistema judiciário brasileiro por difamação.

3 comentários:

DANILO GOMES 14 de outubro de 2010 às 13:53  

Edvar,

Líderes Cristãos sensatos como você são um "espécie" em extinção, rsrsrs. Paréns por sua postura. Nesse período de eleição suas reflexões têm feito a diferença. Já não aguento mais ver a minha caixa de e-mail lotada de calúnias, injúrias e difamações encaminhadas por pessoas que, como discíulos de Jesus Cristao deverão ser sal e luz nesse mundo.

Anônimo 14 de outubro de 2010 às 19:18  

Nos últimos dias tenho visto os cristãos transformarem o processo democrático das eleições em um campo de guerra, trocaram a ordenança de amor ao próximo que Jesus ensinou por ódio e maledicência em nome de algo que nem pode ser definido como verdade porque até agora ninguém apresentou prova alguma sobre as acusações, são só palavras jogadas ao vento.

A Lei de Deus condena essa postura, leiam o capítulo 3 de Colossenses eu destaco o versículo 8 "Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca." A lei dos homens também condena essa prática que pode ser definida como Difamação e injúria (veja a definição a baixo) os que fazem isso são passíveis de processo e pode ser considerado criminoso.

Eu respeito totalmente a opção de voto de cada um e GRAÇAS A DEUS vivemos num país democrático, mas para mim fazer uma campanha leviana não é e nunca será atitude de cristão. Jesus morreu pela Dilma, pelo Serra, pelo Temer, por mim e por você, então antes de julgar e condenar as pessoas, principalmente sem ter como provar, lembre-se de onde Jesus te resgatou e faça sua parte para que a liderança do nosso País um dia possa conhecer e servir ao Salvador Jesus Cristo.

Imrãos não deixem de assinar e divulgar o "Manifesto Evangélico por um Processo Eleitoral Ético"
http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2010N3315

Anônimo 14 de outubro de 2010 às 21:37  

Irmãos sugiro que assinem o Manifesto de Cristãos e cristãs evangélicos/as e católicos/as em favor da vida e da vida em Abundância!
está disponível em http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=17057&boletim_id=777&componente_id=12899