“Eu vi o Senhor!”
Era domingo, início da manhã. Maria Madalena e a outra Maria foram ao sepulcro de Jesus. Não foram por acreditar na ressurreição. Foram porque a aproximação do lugar onde o corpo estava amenizaria a dor da separação traumática e dolorosa.
Ainda estava escuro, mas viram que a pedra da porta da sepultura fora removida. A surpresa e a dúvida dominaram seus corações. Então correram para contar aos discípulos.
A correria foi geral. Pedro e um outro discípulo disputaram para ver que chegaria primeiro. Pedro perdeu a corrida, mas, por ser mais ousado, entrou primeiro na sepultura e testemunhou: as faixas de linho estavam de um lado, o lenço usado para cobrir a cabeça, dobrado do outro, mas Jesus, de fato, não estava ali.
Sem compreender o ocorrido, os discípulos voltaram pra casa. Maria, porém, permanece, inconsolável, chorando as dores da saudade. Sob o impacto da morte e agora do desaparecimento do corpo e sem acreditar naquilo tudo, voltou a olhar para dentro do túmulo.
Nova surpresa acontece: dois anjos estavam no lugar onde o corpo de Jesus esteve repousando. Um diálogo se estabelece e ela derrama seu coração: “levaram embora o meu Senhor”. Mal termina de falar, outra surpresa: alguém, parecido com um jardineiro, dirige-se a ela, indagando sobre o porquê das lágrimas. Sem responder ela implora: “Se o senhor o levou embora, diga-me onde o colocou, e eu o levarei”.
Ele pronuncia o nome dela, ela reconhece sua voz: era Jesus.
Por não ter desistido, na pior das adversidades, teve o privilégio de ser missionária da primeira mensagem de Jesus, após a ressurreição: “... Vá, porém, a meus irmãos e diga-lhes: Estou voltando para o meu pai e Pai de vocês, para o meu Deus e Deus de vocês”.
E ela, respondendo positivamente ao desafio missionário, emocionada e cheia de alegria, dirige-se aos discípulos - recolhidos, amedrontados - e anuncia: “Eu vi o Senhor!”
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