quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

É Natal em Lajedinho


Natal é Natal. Uns pensam no significado teológico, outros, no sociológico, no econômico, no comercial, no lúdico e assim por diante. Não vem ao caso aqui discutir o verdadeiro, o essencial ou o que é prioritário no Natal. É que, independente do significado escolhido, priorizado, ninguém está imune às influências dos demais significados.


Dos que se utilizam das razões mais espirituais aos que se movem estritamente pelas materiais, todos, em maior ou menor grau, são envolvidos pelo clima deste período do ano. Seja pelas luzes coloridas, pelas músicas da estação, pela agitação nas ruas, pela superlotação dos shoppings, enfim, seja por qual motivo for, o fato é que o perfume do natal se espalha pelo ar.


Este ano, porém, o Natal não será o mesmo em Lajedinho. Famílias não se reunirão em torno da antiga mesa; cristãos não se unirão em cânticos sob o antigo teto; presentes não serão comprados nas antigas lojas; crianças não dormirão nas antigas camas à espera do presente sob a árvore de natal; comidas não serão preparadas no antigo fogão, pessoas não circularão com desenvoltura nas antigas ruas. Alguns nem mais poderão abraçar entes queridos. Outros estarão chorando pelos que partiram de forma tão dramática. É que uma tromba d’água devastou esta cidade de 4000 habitantes, da Chapada Diamantina.

Estava aqui com meus botões pensando em como estarei neste natal. Mantidas as condições atuais, estarei ao lado de quem amo; poderei presentear os filhos, embora distantes; darei e receberei telefonemas de felicitações; ouvirei música coral, congregacional e mensagens num auditório climatizado e até participe de uma “ceia de natal”.


Porém, honestamente, não estou me sentindo confortável em usufruir tudo isso, sem levar em conta a situação daqueles que estão sofrendo, especialmente os de Lajedinho. Não posso fazer de conta que nada está acontecendo, inclusive porque, hoje são os moradores de lá, amanhã poderá ser os de cá.

Sendo assim, gostaria de fazer duas propostas: 1) que, neste Natal, a oferta de gratidão que no domingo passado recomendamos ser para reformarmos a cozinha-refeitório, seja para enviarmos socorro àqueles que sofrem em Lajedinho; 2) que o mesmo valor que formos gastar com nossas festas familiares seja dedicado aos que estão vivendo o drama de Lajedinho.


Deus, depois, nos dará os recursos para continuarmos nossos projetos não emergenciais. Alguém apóia?

1 comentários:

António Je. Batalha 12 de dezembro de 2013 às 16:03  

Cheguei ao seu blog e fiquei entusiasmado, pois foi feito com muita graça, e com muito entusiasmo.
Gostei do que vi e li, e achei um blog fantástico, onde se aprende muito.
Sou António Batalha, do blog Peregrino E Servo, se me der a honra de o visitar ficarei grato.
PS. Se desejar faça parte dos meus amigos virtuais,decerto que irei retribuir,
seguindo e divulgando seu blog.
Desejo-lhe muita saúde muita paz e grande felicidade, e também um Feliz-Natal.