segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O Plano Unificado da Convenção Batista Baiana e o desenvolvimento de sua igreja

 
O desenvolvimento de qualquer organização (e a igreja não é exceção) passa por dois caminhos, pelo menos: 1) solução dos problemas conhecidos; 2) qualificação e fortalecimento dos fatores que motivam sua existência. 
 
Em relação ao primeiro, podemos citar alguns exemplos: 1) se há reclamação quanto ao uso do dinheiro, que se adote transparência e se aumente a participação na definição de prioridades; 2) se há conflitos de relacionamento, que se trabalhe o caráter das pessoas ou se adote medidas que possibilitem critérios claros de justiça na distribuição de atribuições que conferem poder dentro do grupo; 3) se as estruturas patrimoniais são inadequadas à finalidade, que sejam reformadas e devidamente ajustadas. 
 
Quanto ao segundo, é essencial que se escreva qual é a finalidade da organização e o que precisa ser feito para que ela seja alcançada. 
 
No caso de uma Convenção Batista, suas finalidades básicas são: 1) gerar cooperação visando plantar igrejas saudáveis e 2) oferecer condições para que as igrejas cooperadoras se desenvolvam saudavelmente. O crescimento numérico é importante, mas deve ser decorrente da saúde da igreja e não fruto de "pedalada" ministerial. (entenda-se por "pedalada" qualquer tipo de ação que cria uma impressão de que tudo está bem, quando não está). 
 
Um exemplo bíblico de "pedalada" pode ser lido em Atos 21:20-25. 1) Paulo é recebido com alegria pela igreja de Jerusalém (V 17); 2) Tiago e os líderes apreciam o relatório de Paulo (V 19); 3) Tiago fala do crescimento numérico da igreja de Jerusalém (V 20); 4) Tiago antevê os problemas que a presença de Paulo causaria e propõe que ele adote uma política de boa vizinhança com os judeus, fazendo concessões ao legalistas (V 21-25); 5) Paulo age de acordo com a orientação deles, seguindo a filosofia do "fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei" (V. 26); 6) Paulo, mesmo assim, não escapa de uma boa surra (V 27-36). 
 
O que vemos aí? Uma igreja que se acomodou ao crescimento numérico e à aceitação social, sacrificando o essencial do evangelho que são a manifestação da graça de Deus e da liberdade amorosa conquistada em Jesus Cristo. Crescimento numérico que não é decorrente da qualidade sincera do caráter dos crentes e de suas palavras e ações no mundo, sem falsos moralismos, é "pedalada" ministerial e precisa ser repensado. 
 
Pensando assim, defendemos que o anseio missionário por envio de obreiros ao campo e por plantação de igrejas jamais pode ser separado de investimento concomitante em educação cristã, formação teológico-ministerial e responsabilidade social. Ter visão missionária é desenvolver a compreensão de que não há como enviar obreiros aos campos se as igrejas não forem saudáveis e se seus pastores não forem bem preparados. Técnicos em multiplicação de igrejas serão capazes de construir currais de ovelhas, mas incapazes de compreender o ser humano, dialogar com ele e plantar igrejas capazes de exercer o papel amoroso de sal da terra e luz do mundo. 
 
Nesses últimos anos nos empenhamos, como lideranças batistas, para: 1) sanear a administração e as finanças dos órgãos executivos e auxiliares e da Secretaria Geral da Convenção; 2) reestruturar as relações políticas definindo com clareza a finalidade e atribuições de órgãos e seus cargos nos estatutos; 3) Buscar uma melhor comunicação e transparência dos órgãos e da Secretaria Geral para com as igrejas cooperadoras; 4) elaborar as Assembléias Anuais de tal maneira que se tornem fonte de capacitação, inspiração e fortalecimento da comunhão; 5) manter uma política de visitação às associações e igrejas que nos tornem sensíveis às suas necessidades. 
 
Agora, queremos elaborar um Plano Unificado - plano que envolve os órgãos executivos (CBTE, EBKW, STBNE) e auxiliares (ADBB, AECBA, AMUBAB, ARI, JUBAB, OPBB, UFMBB, UMHBB), bem como a Secretaria Geral e suas gerências (Administração, Comunicação, Educação Cristã, Expansão Missionária e Responsabilidade Social) - visando definir um norte, sempre para um horizonte de dois anos. 
 
Para isso, precisaremos de sua ajuda, respondendo-nos duas perguntas: 
 
1) Que problemas relacionados à Convenção Batista Baiana, segundo sua percepção, precisam ser corrigidos com urgência?
2) Que necessidades sua igreja tem que poderiam ser supridas com o apoio dos batistas da Bahia? 
 
Nessa segunda, pedimos que relacione os pontos que julga deficientes em sua igreja nas áreas de: 1) Administração (pessoal, patrimônio, finanças, organização, formatos de reuniões, organização de eventos, estatutos e Regimento Interno...); 2) Adoração (elaboração de cultos, seleção de hinos e cânticos, composição, execução instrumental, ensaios de grupos e corais, solos...); 3) Comunhão (recepcionistas e introdutores, visitação, elaboração de programas para dias especiais (das mães, dos pais, do pastor, da esposa do pastor, dos namorados, de aniversário...) 4) Educação Cristã (trabalho com crianças, adolescentes, jovens, adultos (mulheres ou homens), família, EBD, conteúdos, liderança...); 5) Educação teológico-ministerial (interpretação da Bíblia, preparação de mensagens, conhecimento da história e identidade dos batistas, regras parlamentares...); 6) Proclamação (testemunho amoroso, evangelização individual, campanhas para levantamento de ofertas, viagens e manutenção de frentes missionárias...). 
 
Se sua igreja não necessita de apoio externo, coloque-se à disposição para abençoar as que precisam, abrindo as portas para receber estagiários de outras igrejas, nas áreas que ela mais se destaca ou que está fazendo algo diferenciado. 
 
Ajude-nos a elaborar um Plano Unificado que atenda as necessidades das igrejas, respondendo as perguntas acima e enviando-as por e-mail para diretoria.cbba@gmail.com ou por carta, à Secretaria Geral, até 30 de agosto. 
 

Ajude-nos!

0 comentários: