sábado, 15 de novembro de 2008

A primeira pastora no Conselho da CBB

Há dois anos, comentando a reforma da estrutura da CBB, destaquei que um dos elementos positivos seria a impossibilidade de se estabelecer posturas uniformizadoras, como ocorreu na Convenção do Sul dos Estados Unidos desde a década de 80. Isso porque a composição do Conselho Geral não seria resultado de articulações costuradas nos bastidores e corredores das Assembléias da CBB, mas fruto da diversidade que se manifesta nas dezenas de assembléias regionais espalhadas pelo país.

Tal percepção ganha evidência agora, com a presença da pastora Elizabete Carvalho Teófilo no Conselho Geral. Eleita presidente da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará, ela passa, por força estatutária, a ter assento no principal fórum deliberativo da Convenção Brasileira.

O curioso é que a presença dela não seria novidade por razões de gênero. Não disponho de números exatos, mas tenho a impressão de que 5% a 10% dos humanos que compõem o Conselho são mulheres. Diga-se de passagem, elas ocupam 50% das vagas da atual diretoria e houve reuniões em que, pelas circunstâncias, “reinaram” de forma absoluta e com muita competência, no comando de reuniões.

O que diferencia, portanto, a presença da pastora Elizabete, seria apenas o título. Nas vezes em que ela se pronunciou, não precisou de Carteira da Ordem de Pastores Batistas do Brasil. Compreensivamente, raramente foi citada como “pastora”, como se faz em relação aos pastores.

Certamente, entretanto, logo, logo nos habituaremos com o fato e, sem constrangimentos, ela será tratada com o título acrescido ao nome, com se faz com pastores. (Se bem que eu mesmo, como gosto do meu nome e não associo autoridade a título, sinto-me extremamente feliz quando sou tratado simplesmente por Edvar, inclusive pelos membros da igreja da qual estou pastor).

Preciso esclarecer que, ao usar a expressão: “seria apenas o título”, fi-lo por ter consciência de que não seria apenas o título. O que diferencia, na verdade, é a ideologia social que envolve o acréscimo de títulos ao nome e o efeito político de seu uso em determinados contextos. Conheço muitos cabras-machos com título de pastor cuja autoridade eu não reconheceria nem morto.

Pastorado, antes de tudo é uma atividade de natureza carismática. É, portanto, dom divino, seja ou não reconhecido por um sistema religioso. Seu exercício precede reconhecimento oficial, treinamento, profissionalização ou remuneração. Quem é privilegiado com este presente de Deus, age como tal, seja homem ou mulher, sendo reconhecido ou não por indivíduos ou instituições. Na liderança de uma igreja – como no universo protestante - ou no governo de um povo - como nos registros do Primeiro Testamento – pessoas com esse dom o exercem com satisfação.

Ocorre, entretanto, que ainda há quem pense como Abraham Lincoln, em 1863. Substituindo a palavra negra, por feminino, e branca, por masculino, assim ficaria seu discurso: “Não sou nem nunca fui favorável a algo que pudesse provocar, de qualquer forma, a igualdade social e política entre as raças (femininas) e (masculinas); não sou nem nunca fui favorável à transformação de (mulheres) em eleitores ou jurados, ou à sua aceitação para cargos públicos. A isso acrescentarei que existe uma diferença física entre a raça (feminina) e a (masculina) que, segundo creio, para sempre impedirá que as duas raças vivam em condições de igualdade social e política. E, na medida em que isso não pode ocorrer, enquanto permanecerem juntas, deve haver uma posição de superior e inferior, e, tanto quanto qualquer outro homem ..., prefiro que a posição superior seja atribuída à raça (masculina)” (Revista Carta Capital, de 12.11.08).

Se pela educação sexual, especialmente em relação a gênero, alguns se sentem desconfortáveis com o assento de pastoras no Conselho (como na OPBB), pela graça divina isso não impedirá que pastoras – hoje caminhando para uma centena na CBB – continuem fazendo o trabalho que Deus designou também para elas, mesmo que para isso precisem entrar “pela porta dos fundos”.

24 comentários:

Cleber Baleeiro 15 de novembro de 2008 às 14:38  

Edvar,
acho que podemos ler esses novos "sinais dos tempos" como novas possibilidades para os batistas. Ao menos dessa forma - refletindo a posição dos grupos regionais - pode-se não somente rememorar a liberdade religiosa e a autonomia da igreja local (convenções regionais, mas também promover a tão sonhada (por muitos)inclusão das mulheres não somente como auxiliares, mas como pastoras (e isso inclui o título).
Estive em outras oportunidades espiando seu blog e estou gostando muito. Vou coloca-lo entre os meus favoritos.
Um abraço!

cleversonvalle 17 de novembro de 2008 às 12:48  

Edvar,
Bom comentário, creio que como cristãos, não podemos impedir ninguém de participar da sua denominação. Seja pastor, pastora ou qualquer outra função.
O seu blog é muito bom, parabéns.
Cleverson Pereira do Valle

joel macedo de lemos 17 de novembro de 2008 às 15:18  

Pr. Edvar,

Somos agora surpreendidos com a notícia da inclusão de "pastoras" no conselho da CBB, e, honestamente, o assunto ainda trará muitos debates e polêmicas pela frente. A ordenação de "pastoras" reflete o vazio e a inutilidade de alguns convencionais, que sem ter o que fazer em suas igrejas de origem, vão tirar o tempo da denominação com discussões inúteis enquanto milhões de brasileiros morrem diarimente sem Cristo e sem salvação. Vejo com preocupação a cada vez mais frequente secularização do estudo da teologia, que hoje, cada vez mais despreza os chamados por vocação para valorizar a profissão e a remuneração. Hoje, quando um jovem, ou mesmo um "pastor" é sondado para pastorear uma igreja, o comentário mais comum não é mais "vou orar a Deus para que se faça a sua vontade", mas "quanto vou ganhar?"; igrejas com expressivo rol de membros são diusputadas a unhas e dentes, enquanto pequenas igrejas são consideradas como "igrejas que não seguem o padrão bíblico", "que não tem a unção e o poder do Espírito Santo". Na esteira de tal discussão, eu pergunto: e se as igrejas pararem de pagar a mensalidade dos ditos "vocacionados" e "vocacionadas" para o santo ministério e passassem a exigir que eles paguem seus cursos do próprio bolso como acontece em muitas igrejas batistas gaúchas, será que continuariam no propósito de "servirem a Cristo"? Não existe amparo bíblico para tal prática e se a denominação continuar perdendo tempo com tal coisa, daqui a pouco os que defendem hoje a ordenação de "pastoras" passarão a exigir a ordenação de pastores gays e a realização de ofícios de casamentos gays em nossas igrejas, jogando na lata do lixo a primeira parte da Epístola de Paulo aos Romanos e todos os outros textos bíblicos que condenam o homossexualismo. Que Deus tenha misericórdia dos convencionais da CBB e da Convenção Cearense. Que Deus abençõe o amado irmão em Cristo. Joel Macedo de Lemos.

Blog da Pastora Zenilda 17 de novembro de 2008 às 16:50  

Achei ótimo o seu texto, Pr. Edvar, a respeito da presença da Pra. Elizabete no Conselho da CBB. Apesar do progresso que isso significa, é lamentável que ela não seja reconhecida e chamada como pastora, como os demais pastores. Lamentável! Mas é compreensível.
Acrescento aos comentários que a caminhada da pastora certamente tem sido diferente em muitos aspectos das demais mulheres presentes àquela reunião, sem desmerecimento algum porque cada pessoa tem o seu caminho. Seu título não é o único diferencial e sim o preço que tem pago para exercer a vocação para a qual foi chamada por Deus em um ambiente social e eclesiológico extremamente hostil.
A expressão “pela porta dos fundos” exige reflexão, apesar de que sei que foi empregada reproduzindo a fala de alguns contrários ao pastorado feminino. Se for a igreja essa porta, então é a da frente, porque foi pela igreja que Jesus morreu! Então as pastoras estão entrando pela porta da frente!
Mas sua presença é um grande progresso e temos que agradecer a Deus e àqueles que têm caminhado nessa visão.
Ao contrário de você, "amo" ser chamada de pastora, por razões óbvias...
Abs
Pra. Zenilda Reggiani Cintra
IBAC - Igreja Batista Curuçá, Santo André, SP
Pastora da Base Crescer.

Profª Jeane Tavares 17 de novembro de 2008 às 17:51  

Excelente análise Edvar (quase impossivel não citar o Pr).
Mas acho lamentável que em pleno seculo XXI este tipo de situação cause embaraço e nos desperte a atenção. Que cheguem logo os dias em que não ficaremos felizes por uma pastora ou presidente negro chegarem "ao poder".
Gostaria de ficar feliz por pessoas competentes e honestas (independete de genero e cor)finalmente assumirem majoritariamente posições de liderança nos dversos âmbitos de nossa vida principalmente na igreja cristã.
Abcs

Lucy Luz 17 de novembro de 2008 às 20:00  

Olá Edvar...Como amiga, ex-ovelha e quase colega sinto-me à vontade de agradá-lo chamando-te pelo nome.
Gostei do texto...Espero muito que chegue a hora em que me sinta à vontade para receber oficialmente o título da função que exerço por vocação, naturalmente, mesmo não liderando igreja, mas sendo pastora porque o chamado independe da ordenação, mas gostaria muito de entrar "pela porta da frente".Creio que estamos caminhando para isso...Parabéns pelo blog.
Grande abraço.

Lília Marianno 18 de novembro de 2008 às 08:38  

Extraio de uma postagem publicada logo acima

"Que Deus tenha misericórdia dos convencionais da CBB e da Convenção Cearense..."

Caramba!

Mudando de assunto: Parabéns pelo texto Edvar.

Um abraço.

PENSAMENTOS DE ALGUÉM 19 de novembro de 2008 às 07:02  

É lamentável que tenhamos que adotar o modelo do mundo em detrimento do modelo bíblico. Estamos considerando a bíblia ultrapassada quando ao consagrar pastoras alegamos que o mundo é assim. E, desta forma, uma notícia como esta só demonstra o interesse que há na disputa pessoal por cargos e reconhecimento humano. Quantos heróis da fé existiram sem que seus nomes fossem arrolados? Porém, hoje o reconhecimento humano tem tido maior importância. Espero que, sendo submetidos aos "feminismo", em nossa denominação, as futuras pastoras desejem evangelizar nos remotos cantos deste país, e não apenas nos grandes centros, em grandes igrejas, onde as luzes são mais fortes do que as da natureza.

Profº Valdinei 19 de novembro de 2008 às 08:14  

Fico feliz. Estamos aos poucos amadurecendo. Logo verei uma mulher na presidência da CBB.

Felipe Seabra 19 de novembro de 2008 às 09:26  

"Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer."

Unknown 19 de novembro de 2008 às 10:52  

A CBB é uma organização humana, criada pelos homens (seres humanos não necessariamente masculinos), não existe na Bíblia, tem suas próprias regras, leis, estatutos e confissões de fé (por sinal extremamente ambíguas), que apesar de serem baseadas na Bíblia, não são inerrantes, infalíveis e inspiradas como a Bíblia.
Desta feita, não vejo nenhum problema da Dna. Elizabete ser presidenta desta instituição.
Já a igreja, esta é divina, e deve ser dirigida pelas Escrituras Sagradas, que é a Palavra de Deus, infalível, inerrante, verbal e plenariamente inspirada. Esta palavra em nenhum momento, nunca e de jeito nenhum procede da vontade humana, antes, homens santos, escolhidos por Deus foram movidos, inpelidos pelo Espírito Santo de Deus para registrar as letras que Deus queria que registrassem, este livro santo, é o que rege a igreja, é o que revela a vontade de Deus, é a única regra de fé e prática e neste livro, mulheres nunca foram, não podem ser, nem nunca serão pastoras.

Jairo 19 de novembro de 2008 às 14:45  

Nós que participamos da formação acadêmica da Pra. Elisabete no Seminário Teológico Batista do Ceará. Trabalhávamos como deão acadêmico e professor. Nós que participamos do Concílio de Pastores que a examinou. Ela demonstrou conhecimento bíblico, teológico, eclesiástico e pastoral como poucos em Concílio. Nós que participamos da sua Ordenação ao Ministério Pastoral. Nós que a acompanhamos no Pastoreio de Pastores. Nós que partcipamos do processo livre e democrático que a elegeu Presidenta da Convenção Batista das Igrejas Unidas do Ceará. Nós que pregamos no Culto de Ação de Graças quando ela completou 10 anos de pastorado. Como fica fácil perceber ela entrou PELA PORTA com toda dignidade que pode se desejar de uma pastora.

Nós da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará nos sentimos muito felizes em enviar para o Conselho da CBB uma PASTORA com letra maiúscula. Provada, testada e aprovada diante de Deus e dos homens. Temos consciência que estamos dando uma excelente contribuição para o povo batista do Brasil.

Apreciem o amadurecimento bíblico e teológico do povo batista cearense!

Com carinho,

Pr. Jairo Airton Teixeira (pastor titular da Igreja Batista Aliança em Carlito Pamplona, Fortaleza-CE)

Jairo 19 de novembro de 2008 às 14:46  

Nós que participamos da formação acadêmica da Pra. Elisabete no Seminário Teológico Batista do Ceará. Trabalhávamos como deão acadêmico e professor. Nós que participamos do Concílio de Pastores que a examinou. Ela demonstrou conhecimento bíblico, teológico, eclesiástico e pastoral como poucos em Concílio. Nós que participamos da sua Ordenação ao Ministério Pastoral. Nós que a acompanhamos no Pastoreio de Pastores. Nós que partcipamos do processo livre e democrático que a elegeu Presidenta da Convenção Batista das Igrejas Unidas do Ceará. Nós que pregamos no Culto de Ação de Graças quando ela completou 10 anos de pastorado. Como fica fácil perceber ela entrou PELA PORTA com toda dignidade que pode se desejar de uma pastora.

Nós da Convenção das Igrejas Batistas Unidas do Ceará nos sentimos muito felizes em enviar para o Conselho da CBB uma PASTORA com letra maiúscula. Provada, testada e aprovada diante de Deus e dos homens. Temos consciência que estamos dando uma excelente contribuição para o povo batista do Brasil.

Apreciem o amadurecimento bíblico e teológico do povo batista cearense!

Com carinho,

Pr. Jairo Airton Teixeira (pastor titular da Igreja Batista Aliança em Carlito Pamplona, Fortaleza-CE)

Pr. ALLAS 20 de novembro de 2008 às 02:07  

É lamentável que um assunto tão importante, "pastoras" (sempre entre aspas), tenha sido tratado incompetente e irresponsavelmente pelos dirigentes de nossa CBB, a qual, assim, vai se tornando uma grande colcha de retalhos. "Pastoras" é apenas mais uma cópia do mundo, inversor de valores, que entra em nossas Igrejas, sem embasamento na Palavra.

É triste ver que o Pastor Edvar, com o currículo que ostenta, use e abuse do nome de Deus ("...pela graça divina... continuem fazendo o trabalho que Deus designou também para elas... Quem é privilegiado com este presente de Deus, age como tal, seja homem ou mulher... Primeiro Testamento [???]") para embasar a sua opinião sem, contudo, submetê-la à Sua Palavra, a qual, parece que apenas na DD da CBB, ainda é nossa "única regra de fé e conduta.".

Deus tenha misericórdia do Brasil e do Ceará, cujo "amadurecido povo batista" já tem "pastora" e 2 Convenções Batistas.

Maranata!

pr vandir allas, allaspr1900@yahoo.com.br

PR NAGIR EM MISSÕES 22 de novembro de 2008 às 11:59  

Que todas as mulheres que são vocacionadas e chamadas ao ministério continuem firme neste propósito, e nós homens que ostentamos o título de "pastor" tenhamos a coragem de apoiá-las neste momento porque elas já nos apoiaram em muitas de nossas teses.
Cheiro!
Nagir

Unknown 23 de novembro de 2008 às 14:37  

Concordo plenamente com suas idéias que foram impressas nesta matéria, que diga-se de passagem muito bem aplicada. Acredito que este assunto foi por muito tempo debatido e discutido ou porque não dizer "quanta perda te tempo". Sempre achei que o que conta mesmo é o chamado e sacerdócio que é uma eleição não feita por mãos humanas e sim Divina. E como vc disse tem muito machão aí que só tem o titulo, mas o que vale mesmo é a competência e isso é Deus que derrama pela sua Graça! Parabéns Prª Elizabete e que Deus te abençoe nesta missão que Ele te chamou! Abraços!

Valdery
Pastor da PIB em Paulo Afonso

Unknown 23 de novembro de 2008 às 15:38  

Edvar,
Como meu primeiro professor de violão e parte de uma fam´pilia que me envolveu no evangelho, vc faz parte da obra de Deus em minha vida, nem que seja indiretamente.
Não permaneci na CBB tempo suficiente para me tornar pastora, mas pertencendo a Convenção Batista Independente tornei-me pastora em 2001 e pastoreio a Igreja Batista Filadlfia em Assis. A base do meu chamado, recebi na CBB e mesmo sem ela saber, sou fruto dela. Louvo a Deus pela sua vida e com certeza, ninguém poderaá impedir as mulheres de exercerem o seu chamdo, seja ele para ser pastora ou qq outra coisa no reino de Deus!
O título, na verdade não importa muito. As pessoas não precisam me reconhecer...precisam reconhecer Cristo em mim. Infelizmente, tem gente que não consegue ver Cristo em mim por causa da minha condição sexual!!! É pena! Mas não muda o chamdo de Deus em minha vida. Ele chama homens e mulheres e isso não dá mais tempo de discutir rsrsrsrs
Forte Abraço

Silaine Aguiar

Unknown 25 de novembro de 2008 às 13:24  

O que faz alguém achar que a constituição física de alguém pode realmente influenciar os planos e propósitos de Deus para a vida e o ministério de alguém?
Jesus veio e quebrou cadeias, não existem mais homens e mulheres, nem escravos e livres, somos todos Filhos do Deus altíssimo.
O fato de ser uma mulher não desmerece e nem muito menos compromete a vida e o ministério de ninguém. Quem conhece a PASTORA ELIZABETH sabe de sua vida, de seu caráter, de sua dedicação à sua família, aos seus filhos, ao seu marido, mas também ao seu ministério e à sua igreja.
Existem por aí muitos "homens de Deus" que se utilizam do pastoreio como forma de poder e manipulação, que se utilizam das "gloriosas" convenções, colégios, hospitais e o que mais puderem, para manipular, enganar, roubar, desviar o dinheiro que era para estar sendo investido em Vidas. Tantos outros que destroem famílias e até a vida de seus próprios filhos e esposa, envolvendo-se em relacionamentos extra-conjugais, e que ficam à frente de igrejas levantando suas vozes para julgar e condenar os pecados alheios, sem nem mesmo notar a desgraça de sua própria vida.
Deus está interessado em corações puros, santos, em vidas no altar. Não importa quem seja, nem de onde tenha vindo, nem muito menos qual gênero registrado na carteira de identidade, importa o coração, a vida, as atitudes, o testemunho.
Se você realmente acha que Deus escolhe um homem por ele ser homem, está redondamente enganado.
As mulheres da época de Jesus estavam presas em pardes que, pelo menos aqui no Brasil, estamos libertas. Graças a Deus!!!
Louvo ao Senhor pela vida de homens, mas também de mulheres que o Senhor tem chamado para o ministério, que abençoam ricamente as nossas vidas, que se dedicam ao Senhor e que merecem sem dúvida o nosso respeito e admiração.

DEUS NOS ABENÇOE NOS LIBERTANDO DE NOSSAS PRISÕES SOCIAIS E NOS DANDO OS OLHOS DELE, PARA QUE POSSAMOS VER ONDE E COMO ELE ESTÁ AGINDO E NOS JUNTAR A ELE.

Pr. ALLAS 25 de novembro de 2008 às 14:07  

Amados,

Impressiona-me o vazio de Bíblia deste parlatório. Um parlatório de um pastor batista completado por batistas.

A Irmã Dalete alega "que a constituição física de alguém NÃO pode realmente influenciar os planos e propósitos de Deus para a vida e o ministério de alguém". Ora, Irmã, mas isto a Senhora deve discutir com Deus, pois foi Ele quem colocou a mulher em submissão ao homem, desde o Gênesis. A mesma submissão decretada por Paulo: "Vós mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor.". Coerência absoluta de Deus em toda a Sua Palavra. Afinal, como ser pastora e submissa ao homem? Só se for pastora de mulheres e isto já ocorria conforme revela Tito 2.3-5.

Diz mais a Irmã Dalete que "Jesus veio e quebrou cadeias, não existem mais homens e mulheres, nem escravos e livres, somos todos Filhos do Deus altíssimo". Estas palavras são bonitas e "politicamente corretas", mas são vazias. Afinal, Jesus não nomeou sequer uma mulher entre os 12 apóstolos. Será que Jesus teria se acovardado ante o machismo dos judeus? Ou Ele, simplesmente, foi coerente com Gn.2.18, "mulher ajudadora do homem" e com Gn.3.9, quando, após a mulher mulher pecar e induzir o homem ao mesmo, Deus cobrou do homem ("Adão, onde estás?") e não da mulher.

E para completar o vazio de suas palavras a Irmã cita pastores maus sucedidos, golpistas, etc. Ora, mas e o que isto tem a ver? Se um pastor é desonesto, que seja afastado, etc., e substituído por outro. Não foi assim que ocorreu com Judas? Ou na sua Bíblia Judas foi substituído por uma mulher?

Por favor, Amados, honremos este precioso espaço, deixando de lado os "achismos" e de usar o nome de Deus em vão. Voltemos à Bíblia. Ou Ela já não é mais a regra de vida e fé dos batistas? Parece que não.

Profª Jeane Tavares 4 de dezembro de 2008 às 16:12  

Estou chocada com este último comentário...

henripib@gmail.com 15 de julho de 2009 às 18:22  

Seja por força direta ou indireta a CBB acabará cumprindo a Bíblia...

" Um abismo chama outro abismo..."

Luh Teófilo 22 de setembro de 2010 às 21:53  

Eu sei, mas de perto do que muitos de voces que escreveram comentários, o que essa pastora tem lutado, tem sofrido e tem chorado por ALMAS. O seu chamado, eu creio, veio de Deus, e nao de homens. O título de pastora é muito mais do que o que ela representa, é o que ela é. Como filha dessa grande mulher, e PASTORA, agradeço as palavras de cada um de vocês, e sei que em tudo o que ela tem feito durante esses longos 12 anos de ministério o Senhor tem dado crescimento e tem abençoado. Abraços.

isso não tem importância 12 de abril de 2013 às 10:54  

O mundo inteiro faz então vamos fazer também, a mulher tem um conhecimento bíblico então vamos ordena-la (o diabo tambem tem um grande conhecimento bíblico), é tradicional? Então vamos jogar fora! Agora falando sério, eu não nasci em igreja histórica, me converti com uma pregação bíblica, e então passei a pesquisar vários pontos de vistas sobre esse tema, e eu com meus 26 anos de vida, e um mês e meio de batista, experimentei que o tradicional não é o melhor porque é tradicional, mas é bom porque o tradicional tem argumentos teológicos mais convicentes, e não os argumentos culturais do pro-feministas, queria saber o que fizeram com os argumentos de Paulo tais como: Cristo é o cabeça do homem, e Adão foi criado primeiro, e mais ainda, a mulher foi enganada, esses argumentos ou são princípios permanentes, ou dependem de homens com formação teologica comteporânea para eles e somentes eles terem a interpretação correta??? Será se o Espírito Santo estava se encurvando aos costumes da época e esperando dois mil anos na fila do ponto cultural, esperando um onibus vazio para colocar os dons pastorais sobre a s mulheres? Os milagres autenticaram a messianidade de Cristo, e o apostolado de 12 homens para com o mundo, e as mulheres? O onus da prova é que em seu tempo elas tinha dons como línguas e profecia e algumas desempenhavam algum serviço na igreja, e mesmo assim Paulo não da liberdade para a liderança feminina na igreja, e outra, as religiões antigas ja tinha sacerdotiza e o sociedade nessa esfera não controlava, mas entre a igreja da mesma época numca arrolou uma mulher como líder, fato é que na história da igreja chegou a ter homens escarvos como bispos, mas nenhuma mulher sequer....

Anônimo 27 de novembro de 2013 às 09:33  

Não me assustará se daqui alguns anos a CBB começar a batizar bebes.

Já que não existe nenhuma ordenação feminina ao pastorado na bíblia.

Porque não futuramente batizar bebes? Ah .... muitos vão bramar .... os batistas usam somente a bíblia como regra de fé, ordem e prática. Não existe batismos de bebes na bíblia !!!
Ué !! Também não existe ordenação de mulheres a ordem sacerdotal no AT e jamais existiu uma mulher ordenada pastora no NT. E a bíblia está sendo colocado de lado para isso, porque, ainda relutar em não batizar bebes ????
Sim ... os batistas estão com os dias contados ... os batistas que seguem somente a bíblia!