quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Vencendo a mentira

“Portanto, cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo.” (Ef. 4.25)

Não é por acaso que um dos 10 mandamentos é “não mentiras”. É que falar a verdade é essencial à convivência humana. Quando a mentira prevalece, a confiança se dissolve, a corrupção destrói o tecido social, a instabilidade gera desconforto individual, a caminhada torna-se lenta e desfocada e o relacionamento torna-se infernal.

Para Paulo, a mentira é uma das primeiras evidências da indisposição humana para adorar a Deus e render-lhe graças. Falando da condição pecaminosa da humanidade, ele afirma: “Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém.” (Rom 1.25)

A mentira, portanto, é um sintoma da falta de sintonia, de comunhão, de intimidade do individuo com Deus.

O próprio Jesus em um de seus debates com judeus, ressalta a nocividade da mentira ao associá-la ao Diabo, declarando-o como mentiroso e “pai da mentira”. (Jo. 8.44)

Dos escritores bíblicos, talvez o mais enfático no assunto seja João.
Para ele, a mentira é tão nociva que os que a praticam fazem parte da lista dos que não entrariam na cidade celestial (Ap. 22.15), pois o lugar deles seria “no lago de fogo que arde com enxofre” (Ap. 2.18)

Na primeira carta de João, três tipos de mentirosos são destacados:

1. O desobediente
“Aquele que diz: "Eu o conheço", mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.” (I Jo. 2.4)

2. O incrédulo
“Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo: aquele que nega o Pai e o Filho.” (I Jo 2.22)

3. O incoerente
“Se alguém afirmar: "Eu amo a Deus", mas odiar seu irmão, é mentiroso, pois quem não ama seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.” (I Jo 4.20)

Refletir sobre esses três tipos e confronta-los com nossas práticas – não com nossos discursos – pode nos ajudar s sermos pessoas mais saudáveis, tanto interiormente, quanto em nossos relacionamentos interpessoais e com Deus.

Claro que a mentira, com qualquer outro valor ético, não deve ser encarada de forma absoluta. A verdade não deve ser dita apenas pela verdade em si, mas como manifestação de um valor maior que é o amor. Assim aprendemos com Paulo quando diz:
“Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef. 4.15)

Cristo é o nosso referencial de vida, nossa inspiração, inclusive na definição e prática de nossa escala de valores. Nele, a verdade deixa de ser um conceito e torna-se uma pessoa. “Eu sou ...a verdade” (Jo.14.6), disse ele. Portanto, o melhor caminho para vencermos a mentira, para nos tornarmos pessoas verdadeiras, é nos comprometermos com o Cristo de Deus.

3 comentários:

Anônimo 16 de fevereiro de 2011 às 14:06  

Very good...
Josias

Anônimo 16 de fevereiro de 2011 às 21:17  

Como diz nossa amiga Ana Raqueli: É VERDADE!!!
Bruno e Paula

Anônimo 17 de fevereiro de 2011 às 08:34  

1. [i]O desobediente
“Aquele que diz: "Eu o conheço", mas não obedece aos seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele.[/i] (I Jo. 2.4)
Sendo assim,e concordo,"de mentiroso e louco todo mundo tem um pouco";não será difíccil algum dia nos olharmos no espelho e nos vermos com um grande nariz de Pinóquio.
Quantas vezes falhamos desobedecendo ao nosso Deus?!Mas sigo rumo ao alvo que é Cristo.