quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Em busca do significado essencial do Natal


O Natal não tem significado único e pode até não ter significado algum. Tudo depende do indivíduo, do contexto sócio-cultural no qual construiu seus pensamentos e sentimentos, bem como do tipo de influência e de como reage a ela no tempo e espaço em que está vivendo.

Mesmo tendo se desenvolvido em sociedades cujos padrões culturais foram influenciados por uma cosmovisão cristã de mundo, seja ela via catolicismos, protestantismos ou pentecostalismos, o significado do Natal não é, necessariamente, igual para todos.
O que há em comum, a despeito do uso que cada um possa fazer da ocasião é o fato dele – o Natal - estar relacionado, primordialmente, ao nascimento de uma pessoa, a pessoa de Jesus de Nazaré.

Ainda que seja inevitável associarmos o Natal ao simbolismo do amor universal, oportunidade de confraternização e troca de presentes, estratégia de marketing e aquecimento da economia, ninguém deveria deixar de conhecer em profundidade àquele que é a causa original da comemoração.

As doutrinas cristãs como conhecidas hoje, nas diversas correntes que mantém algum tipo de vínculo com a história de Jesus, é fruto de uma construção teológica paulatina. Nenhuma delas, entretanto, prescindiu dos textos mais antigos e aceitos que falam a respeito do homem de Nazaré, produzidos por quem viveu mais próximo dele ou de pessoas que com ele conviveram.

Mesmo que os significados dados aos livros bíblicos – são ou não, contém ou se tornam “palavra de Deus” - ou as interpretações dadas aos seus textos sejam diferentes - umas mais populares, superficiais, outras mais acadêmicas, aprofundadas - eles são a fonte mais antiga e reconhecida de informação sobre a vida de Jesus.

Daí, qualquer pessoa que se interesse por descobrir o significado mais antigo do Natal, seja por razões espirituais, existenciais, culturais ou religiosas, não pode deixar de ler o que ficou registrado a respeito do menino que nasceu numa cocheira e seus ensinos, seja pela ótica de Mateus, Marcos, Lucas, João, Paulo, Tiago, Pedro ou Judas, no chamado Novo Testamento.

Se quisermos encontrar o sentido mais profundo do Natal - o bíblico-teológico - é essencial que invistamos tempo no conhecimento da pessoa de Jesus que, nos textos de João é a palavra que se tornou humana e habitou entre nós (Jo 1. 14) como manifestação do amor de Deus para salvação de todo aquele que nele – Jesus - crer (Jo. 3.16) e, nas palavras de Paulo, manifestação da graça divina (Tito 2.11) para libertação humana (Gal. 5.1).

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