sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Quando bate a solidão (18.10.1998)

Quando bate a solidão e a sensação de se estar só domina o coração,
O vazio invade a vida, tudo ao redor transforma-se em deserto
E a existência fica sem significado,
A conclusão a que chegamos é tenebrosa e assustadora:
Não vale a pena viver!

Quando bate a solidão e a sensação de se estar só domina o coração,
A madrugada parece não ter fim, o trabalho fica enfadonho,
O amor fica doloroso,
A esperança se iguala ao vento,
A conclusão a que chegamos é tenebrosa e assustadora:
Não vale a pena amar!

Quando bate a solidão e a sensação de se estar só domina o coração,
A realidade torna-se insuportável, a fantasia se transforma em carrasco,
E o sonho vira ilusão utópica,
A conclusão a que chegamos é tenebrosa e assustadora:
Não vale a pena sonhar!

Quando bate a solidão e a sensação de se estar só domina o coração,
A pessoa amada fica distante, o passado vira fumaça,
O futuro é apenas escuridão, o presente fica indefinido,
E o tempo torna-se insuportável,
A conclusão a que chegamos é tenebrosa e assustadora:
Não vale a pena esperar!

Quando bate a solidão e a sensação de se estar só domina o coração,
O sono desaparece, a música entedia,
A tristeza passa a ser o oxigênio,
E a desconfiança, o sangue que rega a vida,
A pergunta que fazemos é tenebrosa e assustadora:
Vale a pena ter fé?

Quando bate a solidão e a sensação de se estar só domina o coração,
Perguntas tenebrosas e assustadoras surgem com emoção:
Vale a pena viver?
Vale a pena amar?
Vale a penas sonhar?
Vale a pena esperar?
Vale a pena ter fé?
Vale a pena?

Vale a pena, pois a solidão é uma ilusão necessária
que se desfaz na realidade incontestável:
Deus está presente!

(Escrita em outubro de 1998, em função de mensagem produzida sobre a vida de Elias e publicada no Boletim 41 ANO V, da Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem, Recife, PE, em 18/10/1998)

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