terça-feira, 21 de abril de 2015

Encontro de Casais com Cristo

A história comprova o impacto ocorrido na vida de milhões de pessoas que tiveram a oportunidade de um encontro com Jesus Cristo. É impossível conhecer a vida e ensinos de Jesus sem que algo positivo não ocorra. Suas palavras e, sobretudo, a força do amor que sua vida retrata são o que de melhor existe em favor da saúde humana, em todas as dimensões.

Ressalve-se, porém, que não devemos confundir encontro com Jesus com encontro com uma religião. A religião é a institucionalização da caminhada de um grupo de pessoas com Deus. Por isso, em que pese benefícios que possa produzir, a necessidade de estruturação e normatização das relações, bem como interesses interpessoais de natureza política, econômica ou social, acaba se sobrepondo e até se contrapondo à finalidade de contribuir para o império do amor divino no coração humano.

Isso não significa que dizer sim a Jesus signifique dizer não à religião. Significa que, a exemplo do que deve ocorrer em relação a todas as atividades humanas – família, política, educação, economia, saúde, lazer... - também deve ocorrer em relação à religião: vivermos em contínuo processo de avaliação e ajustes entre nossa realidade e o exemplo de vida de Jesus.

O Encontro de Casais com Cristo não é receita milagrosa para solucionar problemas conjugais. Ninguém participe deste evento com essa expectativa, a fim de que não venha a decepcionar-se. O ECC é um evento que visa proporcionar aos casais a oportunidade de confrontarem aquilo que vivem em seus casamentos com aquilo que Jesus propõe como princípio de vida para relacionamentos interpessoais saudáveis.

Assim sendo, é essencial que os participantes estejam com os corações abertos, especialmente cientes das áreas de convivência conjugal que apresentam fragilidade. E mais: é essencial que cada um vá para o Encontro aberto a conhecer ou reconhecer seus pontos fracos na relação e não os pontos fracos do outro.

Vivemos cercados por informações e exemplos de pessimismo, suspeita e deslealdade. A mídia descobriu que desgraça humana “da ibope” e aumenta o interesse do patrocinador por vender por qualquer meio, mas parece não se dar conta de que ibope de desgraça banaliza, realimenta, fortalece e amplia ainda mais a desgraça. Isso realça a importância do ECC, pois ele se torna alternativa para reabastecer a esperança, animar a confiança e reanimar a fidelidade.

O ECC não conta com o poder científico-tecnológico das comunicações, mas conta com o poder da dedicação daqueles que nele e por ele trabalham, visando, com muito amor, na maioria dos casos distante dos holofotes, proporcionar aos participantes uma oportunidade impar de superar obstáculos e construir relacionamentos conjugais saudáveis – santos na linguagem sacerdotal – de acordo com os propósitos da vida e ensinos de Jesus.


Como igreja, devemos orar por todos os envolvidos e contribuir para que não faltem recursos de qualquer natureza à realização deste importante evento.

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