Propiciação - I João 2:2
“Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo.” (1 João 2:2)
Tenho conhecimento das críticas ao fato de proclamarmos o derramamento de sangue, por Jesus, como meio de remissão de pecados. Anacronismo à parte, a narrativa da crucificação de Jesus no madeiro e as aplicações teológicas posteriores apresentam pelo menos dois aspectos que merecem destaque.
O primeiro é a representação da manifestação da graça de Deus, que põe fim à necessidade de todo tipo de esforço humano de querer agradá-lo através de sacrifícios. Sejam os sacrifícios de animais das experiências judaicas às mantidas hoje por algumas religiões de origem afro; sejam as necessidades de promessas em alguns catolicismos; sejam os extorquimentos de "dízimos" reativados em cultos neo e pós pentecostais ou mesmo as práticas de ativismo religioso de alguns protestantismos, a propiciação de Jesus põe fim a tudo isso como meio de agradar a Deus.
Além disso, a propiciação universaliza a fé em Jesus, possibilitando que indivíduos de qualquer cultura, inclusive religiosa, de qualquer parte do mundo, experimentem libertação das angústias que suas culpas lhes impõem. Em vez de negar o pecado, abrindo caminhos para cada um "fazer o que lhe der na telha", porta de entrada do inferno existencial, a propiciação de Jesus reafirma o pecado, retira o poder opressivo ou destruidor dos caminhos institucionais e aponta uma solução graciosa, eficaz e libertadora, pela fé.
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