Seres das luzes - I João 2:10
“Quem ama seu irmão permanece na luz, e nele não há causa de tropeço.” (1 João 2:10)
Ao longo dos anos, convencionou-se dentro de muitas igrejas que "pedra de tropeço" - expressão cunhada por Jesus - seriam comportamentos contrários à moral evangélica estabelecida, isto é, a costumes definidos como pecaminosos, sem uma avaliação mais aprofundada da teologia bíblica ou das causas históricas que os fundamentassem.
À luz dessa compreensão, costumes como ir a cinema, frequentar "festas mundanas", cantar "músicas do mundo", mulheres usar calças compridas, determinadas maquiagens ou bijuterias, por exemplo, eram denunciados por alguns como obstáculos ao bom testemunho da igreja, à conversão de pessoas ao evangelho. Tais práticas eram condenadas e seus praticantes, em alguns casos, até excluidos da igreja.
Claro que há comportamentos que, por serem comprovadamente nocivos ao indivíduo e à coletivudade, depõem contra o testemunho cristão. Entretanto, a própria oração de Jesus nos ensina que o que leva pessoas a se converterem ao evangelho é a percepção que têm da comunhão amorosa genuina existente entre os discípulos de Jesus. Daí a contundência joanina: quem ama permanece na luz, ié, está na comunhão. A vida de quem ama não produz tropeço ao bem viver das e entre as pessoas.
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