quinta-feira, 9 de abril de 2009

O Natal e a Ressurreição de Jesus

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Não parece, mas neste domingo comemoramos o dia mais importante da história da humanidade, pela ótica da fé cristã. Se comparado ao movimento do Natal, percebemos que é como se nada estivesse acontecendo. Por que isso ocorre?

Inicialmente, a natureza dos dois acontecimentos - nascimento e morte de Jesus – afeta de forma diferente a maneira como reagimos. Natal é nascimento, paixão é morte. No nascimento nos reunimos para comemorar, festejar, sorrir; na paixão, para chorar e lamentar. Natal é início de vida; paixão é fim.

Lidamos facilmente com o nascimento, mas o mesmo não ocorre com a morte. Não são muitas pessoas que pensam nela como parte da vida. Portanto, poucos se interessam em aprender a lidar com ela.

Mesmo se tratando de ressurreição, a ênfase dada à crucificação, à maneira brutal como Jesus foi morto é tão forte que impressiona muito mais do que a notícia da ressurreição.

Há ainda a dificuldade da mente humana de lidar com a ressurreição, pois é algo de difícil aceitação pelo que sabemos de decomposição do corpo humano. Há também estudiosos que colocam em xeque a historicidade da narrativa. Por isso, conhecer o escrito e admitir a possibilidade é razoável, mas empolgar-se, como no Natal, exige um elemento adicional chamado fé.

Reconhecemos que a história toda de Jesus - concepção, trajetória, morte, ressurreição e assunção – é atípica. Como, porém, teria dito Billy Graham, se ela não fosse real, nem por isso deixaria de ser divina, pois somente uma história divina poderia produzir os efeitos que a história de Jesus produziu e continua a produzir na vida dos que nela crêem.

Comemoremos, então, com gratidão, a ressurreição de Jesus. Ela é um indicador de que nossa esperança deve continuar viva mesmo diante dos fortes sinais de morte que nos cercam. Alegremo-nos porque ela reacende em nós a esperança de que nem mesmo a morte pode ser considerada como fim, quando aquele em quem depositamos nossa fé é senhor da vida.

1 comentários:

João Bosco Barreto 15 de abril de 2009 às 22:43  

Como diria Rubem Alves, creio na ressureição do corpo.
Quem já passou pelo vale sombrio da morte sabe do que estou falando.