Cada um por si, mal para todos - I João 3:12
“Não sejamos como Caim, que pertencia ao Maligno e matou seu irmão. E por que o matou? Porque suas obras eram más e as de seu irmão eram justas.” (1 João 3:12)
Na narrativa bíblica da criação, Caim é irmão de Abel, ambos filhos de Eva e Adão. Trabalhavam na agropecuária e ofertavam a Deus parte do produto do trabalho. Certa vez, Deus aceitou a oferta de Abel e rejeitou a de Caim. Caim enfureceu-se. Deus, então, esclareceu que a rejeição não era ao produto, mas à sua má conduta. Conduta corrigida, oferta aceita, problema resolvido.
Caim, entretanto, transformou o irmão em Bode Expiatório. Em vez de corrigir a própria conduta, optou por matá-lo. Matou-o sem justificativa objetiva. Inveja? Rancor? Pura maldade? Para João, embora ambos tivessem a mesma origem biológica, a ação de Caim decorreu de sua escolha de vida: pertencer ao Maligno.
Cada um escolhe o rumo de sua vida. Porém, uma má escolha não prejudica apenas a quem a escolhe. Pode significar a morte também de quem faz escolhas certas. O bem e o mal que escolhemos, pode ser o bem e o mal de quem não escolheu. Quando cada um vive para si, o mal pode sobrevir a todos. Portanto, não dá pra não se interessar pelas escolhas do outro. Harmonizar direitos individuais e interesses coletivos sempre será um desafio, mas enfrentá-lo é necessário. Ser indiferente, jamais.
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