quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Fidelidade movida à alegria

“O reino dos céus é como um tesouro escondido num campo. Certo homem, tendo-o encontrado, escondeu-o de novo e, então, cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha e comprou aquele campo”

São múltiplas as razões que nos levam a nos aproximarmos de Deus.

Uns o fazem em busca de proteção, outros, na expectativa de favores, especialmente no campo financeiro. Há os que transformam a relação em meio auxiliar para conquistar ou manter a afetividade de alguém; outros visam tão somente se igualar à maioria.

Há os que cumprem rigorosamente seus “deveres” religiosos por medo de conseqüências infernais que lhes podem advir e há, também, os que seguem a multidão, como se fossem fiéis, mas o fazem com segundas intenções ou nem mesmo têm consciência de suas reais motivações. 

Há pessoas tão superficiais que nem sabem diferenciar se o relacionamento é com Deus, com a religião ou com um conjunto de costumes introjetados culturalmente em seus corações.

Não existe, entretanto, experiência mais profunda e significativa do que ser fiel a Deus motivado pela alegria.


Alegria não é o riso provocado por uma experiência surpreendente, como no final de uma piada, nem uma emoção resultante de catarse vivenciada coletivamente no decorrer do envolvimento com músicas tecnicamente bem executadas. Ela resulta do encontro com o bem supremo em torno do qual toda a existência ganha sentido e faz com que a luta pela conservação da vida se encha de significado.

A alegria não é eliminada pela experiência do sofrimento. Antes, faz com que os que a possuem encontrem forças para continuarem desejando viver a despeito da dor.

Portanto, não é possível falar em experiência com o Reino de Deus sem incluir o elemento alegria. A alegria é o combustível que move a fidelidade daqueles que experimentam um encontro com o doador da vida.

É a alegria da comunhão com Deus que faz com que a maneira como usamos tempo, inteligência, palavras, sentimentos, ações ou recursos econômicos, tenha como referencial, como elemento balizador, os valores do Reino.

Não por acaso, quando Paulo nos estimula a sermos generosos em nossas ofertas, ele diz: “Cada um de conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer que lhes seja acrescentada toda graça, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra” (II Cor. 9.7-8)

Estamos chegando ao final de mais um ano. Houve alguma área na qual fomos infiéis? A alegria foi o motivo de nossa fidelidade a Deus?

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