quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

5 anos depois

Parece que foi ontem, mas já se aproxima o final de cinco anos desde que começamos - IBG e eu - nossa caminhada ministerial. Escrevo isso hoje porque quando retornar da viagem de férias e assembléia da CBB, já estaremos iniciando nosso sexto ano.


Chegou aos meus ouvidos, em meados do primeiro ano, o comentário de alguém que dizia que este pastorado não duraria mais do que 4 anos. Eu também pensei, mas erramos. Como diria o sábio: “Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua.” (Pv. 16.1).

Até mesmo cinco anos, que parece muito, é insuficiente para sabermos se um relacionamento tem futuro, especialmente em se tratando de pastor-igreja batista. Somos centenas de pessoas com personalidades dinâmicas, cada uma com suas idiossincrasias, com motivações, expectativas e propósitos diferentes, girando em torno de um sistema de governo teoricamente democrático. Se é difícil acertar o futuro de qualquer relacionamento, muito mais o de um desta natureza.

O fato é que não estamos diante somente de mais um ano novo civil, mas também ministerial. Se um já vem cheio de expectativas, em dois elas se multiplicam.  Que tipo de expectativa move meu coração?

Vivo determinado a conciliar dois ensinos de Jesus: 1) “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.” (Mt. 6.34); 2) “Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, Dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” (Lc. 14. 28-31).

Quero as duas coisas: viver cada dia e edificar uma torre. Isso exige empenho no desenvolvimento de uma visão tanto de curto quanto de médio e longo prazo. Exige, também, disposição para renunciar as próprias pretensões em favor dos propósitos de Deus revelados em Jesus. Exige, finalmente, confiança num Deus que nos ama e supre nossas necessidades, para que a ansiedade se mantenha em níveis saudáveis.

Temos sonhos e planos para este novo ano civil e ministerial. Porém, mais importante é nos prepararmos para lidar com o novo, com o inesperado de cada dia; aprender a amar pessoas e gostar de coisas, sem que isso, entretanto, signifique o estabelecimento de relação de dependência subserviente e doentia.

Onde e como estaremos no final de 2010? Não sei, mas me alegra a idéia de caminhar em torno da consciência de missão e visão, confiando na graça divina.

3 comentários:

Ju 23 de dezembro de 2009 às 12:18  

Graças dou por mais este ano de pastoreio seu na IBG, continue a nos trazer mensagens que nos incomodem mesmo, nos levando à reflexão de nosso papel na sociedade e nos lembrando da missão de anunciar a Cristo através de atitudes, palavras e ações. Grande abraço!

Batistão 23 de dezembro de 2009 às 22:52  

Primeiramente quero dar os parabéns pelos seus 5 anos de pastorado.

E gostaria de lhe pedir pra ler um comentario que eu fiz sobre sua postagem:

http://blogdoedvar.blogspot.com/2009/12/o-club-de-regatas-do-flamengo-e-ordem.html

Seria bom se desse uma olhada.

Obrigado.

Anônimo 31 de dezembro de 2009 às 11:00  

Prezado Edvar,

Desejo que as suas expectativas se realizem.
Desejo que a alegria esteja a encher o seu coração e que este seu pastorado chegue a completar o tempo que lhe for de satisfação.
Abraço Grande