sábado, 17 de outubro de 2009

A questão em torno dos concílios examinatórios de pastores

"Em reunião realizada no dia 15 de outubro a Convenção Batista Brasileira e a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil vêm comunicar ao povo batista:


I. Reafirmamos à luz da Declaração Doutrinária da CBB que a convocação de concílios de exame e consagração ao ministério pastoral são prerrogativas e competência inalienáveis e exclusivas da igreja local;



II. o Estatuto da OPBB foi homologado pela CBB e não está sob qualquer questionamento;



III. o Regimento Interno da OPBB está em vigor pleno e em processo de aperfeiçoamento pela própria Ordem;



IV. denunciamos que lamentavelmente vêm acontecendo concílios que fogem à praxe batista e aos procedimentos mais recomendáveis à luz das Escrituras Sagradas;



V. a diretoria da CBB ofereceu várias sugestões quanto à redação dos documentos constitutivos da OPBB, que serão apreciados pela Ordem;



VI. a CBB apreciará e decidirá sobre os critérios de realização de concílios de exame, contidos no Regimento Interno da OPBB, para que tenham também valor de recomendação para as igrejas;



VII. a CBB e a OPBB reafirmam que continuam percorrendo o mesmo caminho de convivência e cooperação no serviço do Reino.



Rio de Janeiro, Dia Batista do Brasil de 2009.

Pr. Dr. Josué Mello Salgado
Presidente da CBB

Pr. Orivaldo Pimentel Lopes
 Presidente da OPBB



Autorizamos a reprodução deste conteúdo única e exclusivamente se a fonte for citada como Convenção Batista Brasileira e com a inclusão do link para www.batistas.com (na internet). "

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Percebe-se que o assunto não está resolvido.

A nota publicada apenas representa que há uma consciência e um esforço de que a diretoria da OPBB e a diretoria da CBB, por seus representantes, não devem continuar discutindo através da midia.

Por isso, sentaram-se em torno de uma mesa, discutiram o assunto, concluiram que não há convergência na prática adotada, mas apenas no princípio de soberania da igreja local na questão de concílio.

Assim, a Assembléia, em Cuiaba, deverá decidir se a prática adotada pela OPBB representa exigência ou imposição que prejudica a soberania da igreja local na consagração, ordenação ou o nome que se quiser usar.

Se prevalecer, na Assembléia, a forma adotada pela OPBB, penso que teremos um problema maior a resolver do que o mal resolvido problema da consagração de pastoras. Tanto creio assim que estava pensando em não ir em minha última reunião como conselheiro, em novembro, mas começo a mudar de idéia. Por isso, penso que devemos dar uma atenção muito especial ao assunto.

O bacana da história é que nós pastores ficaremos como salsicha dentro do pão ou, entre a cruz e a espada. De um lado, nosso corporativismo dirá: defenda a Ordem; do outro, o individualismo gritará: defenda a soberania de sua igreja.

Pessoalmente, em que pese concordar com toda iniciativa que venha criar condições para um ministério pastoral mais qualificado, não me enxergo defendendo nada que fira a beleza da soberania da igreja local, simplesmente porque, no meu modo de pensar, a soberania da igreja local retrata a teologia da soberania de cada indivíduo em sua relação com Deus.

1 comentários:

Anônimo 12 de novembro de 2009 às 14:16  

Enquanto isso, eu de cá fico a perguntar: Por que será que ainda se perde tempo com questões que só refletem, de longe ou de perto, certo fundamentalismo? Por existe certa necessidade de controle sobre situações que só refletem o quanto nós, primatas, somos obtusos?