segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

A pergunta constante da Igreja Batista da Graça.SSA

Fui criado num tempo e local em que as opções de igrejas para evangélicos giravam em torno de meia dúzia. Como havia uma distinção muito mais clara daquilo que as diferenciava doutrinariamente, uma vez definida aquela da qual participaríamos, ficávamos sem outra alternativa na mesma cidade. Assim, ou havia envolvimento a despeito do que não se gostava ou não havia envolvimento algum.

Hoje as coisas são bem diferentes e melhor. Em termos religiosos a cidade funciona como uma gôndola de supermercado. As opções são tão múltiplas quanto às matizes das cores. Há igrejas para todos os gostos e desgostos, por isso, as razões que levam uma pessoa a participar de determinada igreja variam muito.

Idealmente diríamos que uma pessoa deveria participar de uma igreja por ter tido uma experiência com Deus em Jesus Cristo e, a partir dela e dele, desenvolver uma compreensão tal do ensino bíblico sobre igreja que jamais deixaria de participar de uma delas, seja com ou sem nome; com ou sem CNPJ; com ou sem sede própria; com ou sem estrutura organizacional, e assim por diante.

O fato, porém é que vivemos num tempo em que o sentimento fala mais alto. Nele, o mais importante é a pessoa sentir-se bem, diz-se. Jesus Cristo é só um detalhe. Porque Jesus é só um detalhe o que sabemos a respeito dele e sua igreja, na única fonte disponível, a Bíblia, torna-se irrelevante. Importante é o que sinto no ajuntamento religioso e o significado que dou à experiência, diz-se.

É claro que sentir-se bem é importante na escolha de uma igreja, mas não é o único, muito menos o mais importante motivo para sermos igreja. Se Jesus Cristo tem algo a ver com nossa vida, no mínimo nos espelhamos em suas atitudes, palavras e ações para vivermos ou não em comunhão, em igreja. Todas as demais razões ou sentimentos devem passar pelo crivo da nossa relação com ele. Assim, a primeira pergunta que uma pessoa deve fazer-se ao pensar em participar de uma igreja é: o que tenho a ver com Jesus ou o que Jesus tem a ver comigo?

Não ter resposta a essa pergunta não é, de modo algum, impeditivo para participar-se de um culto, mesmo que regularmente. Ouvir palavras de quem busca em Deus ensinamentos para o bem viver é sempre melhor do que ensurdecer-se. Deve, porém saber que, se a igreja da qual participa entende o significado bíblico do ser cristão, sua vida sempre será confrontada com a mesma pergunta feita por Pilatos: “o que farei de Jesus chamado Cristo?”.


Desejo que essa seja a pergunta constante da Igreja Batista da Graça.

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