segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Renovando a liderança da Igreja Batista da Graça.SSA

Investimento em lideranças é uma de nossas maiores necessidades, seja nas igrejas, convenções batistas ou no país. Há
uma carência de pessoas comprometidas com ideais e qualificadas para estar à frente de grupos.

Em nossa igreja não é diferente. Há quase dois anos, conversando com o Pr. Nilton Marcelino, pastor da juventude, falávamos
dessa necessidade. Observávamos que a média de idade do Conselho de Ministros e da Diretoria estava muito acima da faixa
de idade predominante em nossa igreja e, muito acima, ainda, da faixa da juventude que é 13 a 35 anos.

 Nas últimas reuniões de ministros temos indagado: se eu morresse hoje, quem estaria qualificado para assumir o cargo
que ocupo?

 Na Convenção Batista Baiana o quadro não é muito diferente. Por isso, uma das idéias que estão sendo postas para
reflexão seria uma cláusula regimental que exigisse a inclusão de pessoas, homens e mulheres, com idade inferior a 30 anos,
a cada renovação do 1/3 dos Conselhos. Isso porque, se o cargo não faz um líder, um líder amadurece, se aperfeiçoa, no cargo,
pois liderança acima de aprendizado teórico é oportunidade de vivência, de exercício.

 Diante disso, temos pelo menos duas fortes razões para investir e liderança: 1) a necessidade do mundo; 2) a necessidade
de continuidade das ações da igreja.

 Temos muitos cargos que exigem liderança em empreendimentos públicos ou privados, mas estão sendo ocupado por
pessoas que, embora possam ter formação técnica na área, não se demonstram preparadas para trabalhar em equipe, motivando-a
a alcançar os objetivos necessários com alegria.
 O despreparo é visível não somente em termos de capacidade de estimular motivações, de domínio técnico sobre o
caminho a ser percorrido rumo a alvos, mas também de ter visões que objetivem o interesse público e, sobretudo, conduta
ético-moral direcionada para a saúde de todos, em todas as dimensões.

 Lamentavelmente, a quantidade de pessoas que ocupam cargos de liderança visando tão somente satisfazerem necessidades
próprias (prestígio, poder, usufruto de benesses) parece ser maior do que por aqueles que tem a visão dos interesses
comuns e trabalham visando o bem da coletividade.

 A fábula de La Fontaine, embora tenha uma finalidade moral explicita ao final, também serve para nos mostrar o
quanto precisamos de pessoas dispostas a correrem risco em favor dos interesses comuns e o quanto é necessário investir no
preparo delas. Ei-la:

 "Há muito, muito tempo, os Ratos reuniram-se em assembleia para decidirem em conjunto o que fazer em relação ao
seu inimigo comum: o Gato. Depois de muito conversarem, um jovem rato levantou-se e apresentou a sua proposta:

- Estamos todos de acordo. O perigo está na forma silenciosa como o inimigo se aproxima de nós. Se conseguíssemos ouvi-lo,
podíamos escapar facilmente. Por isso, proponho que lhe coloquemos um guizo no pescoço.

 A assembleia recebeu estas palavras com entusiasmo. Foi então que um Rato Velho se levantou e perguntou:

- E quem é que vai colocar o guizo no pescoço do Gato?

 Os ratos começaram a olhar uns para os outros, e não houve nenhum que se oferecesse para levar a cabo semelhante
tarefa. Então o Rato Velho, terminou, dizendo:
- Propor uma solução é fácil, o difícil é pô-la em prática."

 Estamos vendo uma necessidade e precisamos agir para supri-la. Assim, pretendemos investir em seminários, palestras,
trazendo pessoas com experiência e conhecimento em áreas diversas de liderança para serem ouvidas mas, sobretudo, criando
espaços para que novas pessoas, especialmente pessoas mais novas, possam exercitar liderança. Isso fará muito bem à
igreja, às convenções batistas e à sociedade como um todo.

Fica, desde já, o desafio à liderança da Igreja. 

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