Motivos versus palavras - Filipenses 1:18
“Mas que importa? O importante é que de qualquer forma, seja por motivos falsos ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me alegro. De fato, continuarei a alegrar-me,” (Filipenses 1:18)
Só Deus é capaz de julgar as intenções do coração. Elas são tão subjetivas e complexas que nem sempre a própria pessoa sabe nominar, com precisão, os motivos de determinadas ações suas. Pode-se supor, com base em evidências, quais seriam as intenções alheias e até usar isso como discurso político para fortalecer ou destruir, para absolver ou condenar alguém. Afirmar categoricamente, entretanto, é arriscado.
Os motivos de cada um, conquanto sejam importantes, pertencem, a priori, a cada um. O que cada um sente ou pensa é determinante para si. Por serem subjetivos, sentimentos e pensamentos não transformados em ação, não podem atingir de maneira objetiva a vida de outrem. Isso não retira a importância de refletirmos e falarmos sobre eles - os motivos -, mas em dadas situações, melhor é deixá-los em segundo plano.
Deixar as motivações de lado não significa concordar com elas ou dobrar-se a elas ou, muito menos, desistir de denunciá-las. Significa apenas admitir que, diante da complexidade do assunto, o que merece atenção primeira, são os fatos objetivos, as ações, as palavras proferidas, pois esses sim alteram objetivamente os rumos da realidade. Nesse sentido, o melhor é descartar os motivos dos pregadores e o focar na palavra sobre o Cristo de Deus, o Jesus de Nazaré, a razão da nossa alegria.
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