sexta-feira, 12 de junho de 2009

Dia dos namorados

Era 3 da madrugada deste Dia dos Namorados e, de repente, acordo ouvindo vozes alteradas. Estava dormindo no nono andar do Hotel Nacional Inn, em Belo Horizonte.
Inicialmente pensei estar tendo um pesadelo, mas não era. Mantendo as luzes apagadas fui até a janela pra ver o que estava acontecendo. Tratava-se de uma briga. Um homem corria pra bater no outro e as mulheres de cada um deles tentavam apartar.
O que depreendi foi que o que tentava agredir estava convencido de que o outro havia paquerado a mulher "dele".
Um corria para um lado, o outro corria atrás. Um ameaçava puxar uma arma que estaria nas costas; o outro ameaçava tirar algo de dentro de uma bolsa. Ambos, nesse momento, se afastavam pra ver se, de fato, o outro estava armado.
As mulheres não discutiam entre si. Continuavam gritando, pedindo que parassem, que se afastassem.
As pessoas passavam e seguiam.
Os carros diminuiam a velocidade e prosseguiam.
De repente conseguiram se agarrar. Tapa pra lá, soco pra cá. Muito pontapé e gritaria. Nada de armas.
Eis que o silêncio começa a reinar. O agressor parece ter levado a pior.
A mulher do que seria agredido - suposto paquerador - consegue arrastá-lo e ir embora.
A do outro, fica amansando o seu que, embriagado, assentou-se na calçada. Continua a murmuração.
Ela, claro, com ou sem razão, insistia dizendo que nada do que ele afirmava teria acontecido. Dizia ela que o problema era que ele estava bêbado e, por isso, vendo coisas. Fiquei em dúvida, pelo horário, se se tratava mesmo de casal com algum tipo de relacionamento mais duradouro.
A polícia se aproxima, depois que já não havia mais briga. Começa a ouvir e percebe que o homem estava sem condições de falar. A mulher conta a história. As vozes estavam baixas. Não escutava mais nada, além do polícial, duas ou três vezes, gritando com o homem para que ficasse calado e deixasse a mulher falar.
O policial volta pro carro, pega uma prancheta para registrar a ocorrência.
Depois que o silêncio é restabelecido, volto pra cama, tento dormir, mas, de repente, novo barulho. Era 6 da manhã. Acordo assustado com o toque do despertador. É hora de me arrumar pra ir pro Aeroporto.
Chego ao aeroporto de Confins antes das oito. Viajo em paz e, às 11, no Aeroporto de Salvador, encontro Gláucia, maravilhosa, sorrindo, me esperando. Não era sonho, mas era tudo o que eu sonhava.
Ganhei o dia (dos namorados), apesar de ter perdido a noite, por causa de "enamorados".

3 comentários:

Adna Oliveira 13 de junho de 2009 às 12:42  

Lindo, pastor Edvar !

parabéns Glaucia, Deus continue cobrindo vcs de bençãos...

Unknown 13 de junho de 2009 às 15:26  

Você é demais, meu Love!! Ainda bem que vc me encontrou sorrindo, não? rsrsrs.
Beijos cheios de carinho e amor. Te amo!!!!
Gláucia

Anônimo 13 de junho de 2009 às 17:49  

Rapaz!
Depois de tal noite, só mesmo Glaucia para lhe recuperar, hein?