Tudo é nada (III) - Filipenses 3:6
“quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na Lei, irrepreensível.” (Filipenses 3:6)
Para religiosos, inclusive cristãos, talvez aqui esteja o maior desafio de mudança de vida, dentre os apresentados por Paulo em sua lista de valores que precisou abrir mão pela supremacia de Jesus de Nazaré em sua vida. Abrir mão da identidade histórico-pessoal é fácil, mas abrir mão do zelo e do legalismo é, para religiosos, um horror.
É fácil admirar Paulo por ter trocado seu zelo e legalismo por Jesus. O problema é que não enxergamos e, quando enxergamos não admitimos, que os cristianismos (inclua-se aqui os batistismos), por conterem semelhanças de natureza com os judaismos (inclua-se aqui o farisaismo), também podem produzir verdadeiros terroristas político-religiosos, em nome do zelo (pela "sã doutrina", pela "palavra") e da lei (comumente chamada de verdade).
O zelo e o legalismo nos dão a falsa sensação de aceitação da parte de Deus e nos coloca numa falsa zona de conforto. Falsa, porque é zona de des-graça. Eles nos fazem dizer como o Fariseu: "Graças te dou, ó pai, porque não sou como os demais...", em vez de dizer como o publicano: "Deus, tem misericórdia de mim, pecador..." (Lc 18:9-14). Esquecem-se de que "Deus se opõem aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes" (I Pd. 5:6).
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