Multiplicação de Discípulos - 12.07.12 - 81/100 dias de oração pelo Brasil
Não sou, nem poderia ser contrário à multiplicação de discípulos, seja porque isso contrariaria um imperativo de Jesus (e já preguei 35 mensagens sobre Imperativos de Jesus nesse semestre), seja porque acredito na educação ou seja porque a compreensão do "para que" do discipulado recomendado por Jesus traz sentido à minha vida.
Em relação à multiplicação tenhos alguns pontos de reflexão em torno dos quais norteio minha vida, minha prática ministerial.
A multiplicação, como compreendida no contexto empresarial no qual vivemos, pode ser valorizada pelo número em si e pelo resultado econômico-financeiro, político ou mesmo em termos de prestígio social e até de autoestima que proprociona aos que lideram a multiplicação.
Mesmo reconhecendo que não há qualidade fora de quantidade, isto é, a qualidade não é algo abstrato (ainda que brote abstratamente em nós), não se produz discípulos como se faz em linha de produção em série. Não se produz discipulos como se seduz um consumidor. Não se produz discipulo com armas de quem conquista o território de um inimigo.
Discipulado é uma experiência na qual somos facilitadores para que outros, através da convivência conosco, aprendam sobre a vida de Jesus e procurem encarná-la. Ser discipulador, portanto, não é ser guru, muito menos proprietário de uma mensagem. É ser veiculo de uma vida, a vida de Jesus, a ser vivida e compartilhada.
Não sou contrário a doutrinas. Elas servem para nortear nossas vidas. Funcionam como uma espécie de espinha dorsal do ser. Mas, multiplicar discípulo é muito mais, e em alguns casos até diferente, de ensinar definições de conceitos. É multiplicar sentimentos, pensamentos, comportamentos identificados na vida de Jesus.
Sair às ruas, ir de porta em porta, divulgando uma mensagem não é errado. Milhares de pessoas vão às ruas, por exemplo, em defesa de seus interesses profissionais ou ideológicos. Errado é limitar evangelização a isso. Ir ao encontro de pessoas é uma manifestação de desejo de vê-las conhecendo o Jesus que conhecemos e que mudou o sentido de nossas existências, mas sempre deve ser visto - "o ir às ruas" - como um possível ponto de partida de uma caminhada que deve se concretizar em relacionamentos nos quais a vida e ensinos de Jesus prevalecem.
Tenho dificuldade com a associação da expressõão "multiplicar discipulos" com "povoar o céu". Multiplicar discipulos é multiplicar o número de pessoas desejosas de viver em comunhão com Deus, no aqui e no agora, sendo sal e luz através do que se é, dos conhecimentos que se construir em qualquer área da vida. É multiplicar o número de pessoas que querem viver e construir estilos e estruturas de vida saudáveis. O céu é sobremesa, isto é, algo que vem depois do prato principal que é a experiência de comunhão com Deus, pela confiança em sua graça manifesta em Jesus Cristo. É um equívoco desejar "ir ao céu" pra não ter mais problemas. Desejamos isso, por representar comunhão ainda maior com Deus e viver ainda mais sob o domínio de sua vontade.
Ninguém deseja a multiplicação de corruptos, de pessoas que tratam o outro como objeto descartável, que constroem e usam estruturas para subjugar, explorar, oprimir, adoecer seus semelhantes. Queremos a multiplicação de pessoas com perfil oposto ao dessas. Cremos que o perfil de Jesus é o que desejamos para nossas vidas e que seus ensinos - adequadamente interpretados - devem se tornar concretos nas relações interpessoais e nas estruturas sociais.
Essa multiplicação de discípulos é a que persigo. Se desconsiderar isso me sinto um proselitista (Mt. 23.15), um cego guiando outro cego (Mt. 15:14), como disse Jesus a respeito dos fariseus ou um simples político ou empresário da religião.
Abraços do seu pastor,
Em relação à multiplicação tenhos alguns pontos de reflexão em torno dos quais norteio minha vida, minha prática ministerial.
A multiplicação, como compreendida no contexto empresarial no qual vivemos, pode ser valorizada pelo número em si e pelo resultado econômico-financeiro, político ou mesmo em termos de prestígio social e até de autoestima que proprociona aos que lideram a multiplicação.
Mesmo reconhecendo que não há qualidade fora de quantidade, isto é, a qualidade não é algo abstrato (ainda que brote abstratamente em nós), não se produz discípulos como se faz em linha de produção em série. Não se produz discipulos como se seduz um consumidor. Não se produz discipulo com armas de quem conquista o território de um inimigo.
Discipulado é uma experiência na qual somos facilitadores para que outros, através da convivência conosco, aprendam sobre a vida de Jesus e procurem encarná-la. Ser discipulador, portanto, não é ser guru, muito menos proprietário de uma mensagem. É ser veiculo de uma vida, a vida de Jesus, a ser vivida e compartilhada.
Não sou contrário a doutrinas. Elas servem para nortear nossas vidas. Funcionam como uma espécie de espinha dorsal do ser. Mas, multiplicar discípulo é muito mais, e em alguns casos até diferente, de ensinar definições de conceitos. É multiplicar sentimentos, pensamentos, comportamentos identificados na vida de Jesus.
Sair às ruas, ir de porta em porta, divulgando uma mensagem não é errado. Milhares de pessoas vão às ruas, por exemplo, em defesa de seus interesses profissionais ou ideológicos. Errado é limitar evangelização a isso. Ir ao encontro de pessoas é uma manifestação de desejo de vê-las conhecendo o Jesus que conhecemos e que mudou o sentido de nossas existências, mas sempre deve ser visto - "o ir às ruas" - como um possível ponto de partida de uma caminhada que deve se concretizar em relacionamentos nos quais a vida e ensinos de Jesus prevalecem.
Tenho dificuldade com a associação da expressõão "multiplicar discipulos" com "povoar o céu". Multiplicar discipulos é multiplicar o número de pessoas desejosas de viver em comunhão com Deus, no aqui e no agora, sendo sal e luz através do que se é, dos conhecimentos que se construir em qualquer área da vida. É multiplicar o número de pessoas que querem viver e construir estilos e estruturas de vida saudáveis. O céu é sobremesa, isto é, algo que vem depois do prato principal que é a experiência de comunhão com Deus, pela confiança em sua graça manifesta em Jesus Cristo. É um equívoco desejar "ir ao céu" pra não ter mais problemas. Desejamos isso, por representar comunhão ainda maior com Deus e viver ainda mais sob o domínio de sua vontade.
Ninguém deseja a multiplicação de corruptos, de pessoas que tratam o outro como objeto descartável, que constroem e usam estruturas para subjugar, explorar, oprimir, adoecer seus semelhantes. Queremos a multiplicação de pessoas com perfil oposto ao dessas. Cremos que o perfil de Jesus é o que desejamos para nossas vidas e que seus ensinos - adequadamente interpretados - devem se tornar concretos nas relações interpessoais e nas estruturas sociais.
Essa multiplicação de discípulos é a que persigo. Se desconsiderar isso me sinto um proselitista (Mt. 23.15), um cego guiando outro cego (Mt. 15:14), como disse Jesus a respeito dos fariseus ou um simples político ou empresário da religião.
Abraços do seu pastor,
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