terça-feira, 10 de julho de 2012

Aplicação dos Recursos Pessoais - 10.07.112 - 79/100 dias de oração pelo Brasil

Há quem enterre e há quem aplique seus recursos. Isso pode ser lido na Parábola dos Talentos (Mt. 25). Os que enterram não o fazem somente para garantir o que já têm ou para não perder no processo de aumentá-lo via investimento. Enterram também quando aplicam sem pensar no bem, inclusive no bem comum.

Aplicar pensando no futuro faz parte da história humana. José do Egito (Gen, 43,37) fez isso em período de vacas gordas, visando sobreviver em períodos de vacas magras. O Rico Insensato da Parábola (Lc. 12) fez o mesmo. A diferença é que José continuava confiando em Deus. Já o Rico, acreditava que sua vida se resumia ao ter e que o que havia acumulado era a garantia do seu futuro.  O grande problema do acúmulo é quando tiramos Deus do foco da nossa confiança e colocamos o que acumulamos no lugar dele.

O acúmulo em si, portanto, não é problema. Pode ser sinal de precaução, de conhecimento de que a vida não se resume somente ao tempo presente ou de que não queremos nos tornar pesados a alguém em situações de adversidade. Torna-se problema quando depositamos nossa confiança nele ou quando o usamos de maneira egoísta.

Paulo, na carta aos Efésios (4.28), fala como a nova vida em Cristo deveria se manifestar em nossos relacionamentos interpessoais.  Dentre outros, diz ele: "O que roubava não roube mais; antes trabalhe, fazendo algo útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade".
Observe a mudança radical da lógica de vida. Antes da experiência com Cristo, ficávamos na osciosidade esperando o resultado do trabalho alheio para roubá-lo; depois, passamos a gerar nosso sustento, trabalhando com as próprias mãos. Antes, tirávamos o que era do outro; depois, passamos a repartir com o outro.
João ensina o mesmo, em outras palavras, nos desafiando a usar nossos recursos também em favor do outro. Diz ele:
"Se alguém tiver recursos e, vendo seu irmão em necessidade, não se compadecer dele, como pode permanecer nele o amor de Deus?" (I Jo.317).

Dividir, compartilhar, são palavras comuns na vida de quem tem uma experiência genuina com Deus, na vida de quem reconhece Jesus como senhor.

Um dos caso mais emblemáticos do Novo Testamento é o da igreja da macedônia. Era um povo empobrecido materialmente, mas, rico na graça de Deus, por isso fez questão de ajudar os irmãos da Judéia.
Veja o esboço sobre a
graça do dar ((II Cor. 8)

1. Deram em meio à tribulação (8:2)
2.  Deram em meio à pobreza (8.2)
3. Deram de acordo com as possibilidades (8.3)
4. Deram voluntariamente (8.3)
5.  Deram desejosos de participar (8.4)
6.  Deram movidos pela doação da própria vida (8:5)
7. Deram tendo Jesus como modelo (8.9)
8. Deram de acordo com o que tem não com o que não tem (8.12)
9. Deram não para apaziguar a mente, mas pela justiça (8:13)
               10.  Deram pela mútua solidariedade (8.14) 

Paulo aprendeu a generosidade com Jesus e, certamente, se alegrava muito ao ver que os macedônios aprenderam o mesmo. Leia o que ele disse: “Em tudo o que fiz, mostrei-lhes que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: 'Há maior felicidade em dar do que em receber' ". (At. 20.35)

 Sabemos que em todo grupo social há pessoas preguiçosas ou de má-fe," que se aproveitam da generosidade alheia. Elas devem ser identificadas e seu comportamento não deve ser alimentado.
Sabemos também que o compartilhar não deve ser de forma emocional, sem reflexão.

O mesmo Jesus que foi compassivo, multiplicando o pão e alimentando a multidão, reagiu enfaticamente ao perceber a segunda intenção da multidão:   "A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhem pela comida que se estraga, mas pela comida que permanece para a vida eterna..." (Jo 6.26-27)

 Portanto, estar de olho nos maldosamente expertos e espertos, agindo de forma adequada com eles, administrando o que temos também com racionalidade, faz parte do exemplo dado por Jesus.

O importante é sabermos que todos nós temos tipo algum de recurso que pode ser compartilhado, seja de natureza econômica, psicológica, intelectual, física ou espiritual e que, nossos corações, devem ter como norte a generosidade e não a mesquinhez.

Será que estamos aplicando nossos recursos de maneria compatível com os ensinos do Jesus?

Abraços do seu pastor,

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