segunda-feira, 11 de junho de 2012

Frutos do Espírito Santo na Vida de cada Crente - 11.06.12 - 50/100 dias de oração pelo Brasil

Achei bom ter constatado que o roteiro do livro "100 dias que impactarão o Brasil" não traz nenhuma vez o assunto "dons", enquanto traz, diretamente, duas vezes  o assunto "fruto" do Espirito Santo.

Se isso se deu por acaso ou conscientemente, não importa. O fato é que, conquanto o uso dos dons seja essencial à edificação do corpo de Cristo, sua presença na vida da igreja decorre, primeiro, de uma decisão de Deus de presentear-nos - dom, no grego, significa presente -, de equipar-nos, com ferramentas espirituais úteis à edificação do povo; depois, decorre da decisão tomada por nós de, em vez de nos dividirmos em função da importãncia ou não deste ou daquele dom, focarmos nossas mentes e corações no amor. O amor faz toda a diferença no reconhecimento e uso dos dons de maneira favorável, benéfica.

Daí a última frase que faz ligação entre o capítulo 12 (de 1ª aos Corintios) -  o das discussões e brigas na igreja - com o 13 - o do diálogo e harmonia - ser: "Passo agora a mostrar-lhes um caminho mais excelente" (I Cor. 12.31). Paulo não se expressou, mas certamente sabia que, mesmo que o conceito "dom" nunca fosse destacado ou definido nas páginas do Novo Testamento, o fenômeno "dons" seria uma realidade na vida da igreja, pela simples presença do Espírito Santo, produzindo fruto que se manifesta, dentre outros, através do amor.

A presença de dons na igreja, não é determinada pelo fato do assunto ter sido abordado por Paulo. É determinada pela presença do fruto do Espírito Santo em nossas vida.

Se a igreja não brigasse por causa dos dons, nem os teólogos pensassem sobre os dons, nem ainda se os doutrinadores ensinassem sobre os dons, ainda assim eles seriam uma realidade na vida da igreja pela simples presença do fruto do Espírito Santo em nós. É que, quem deixa o fruto do Espírito manifestar-se em sua vida, naturalmente sente o desejo e adota a atitude de viver procurando meios para construir relacionamentos saudáveis e para agir, usando toda ferramenta disponível, visando o bem comum, não apenas os próprios interesses.

Portanto, uma das causas da importância da ênfase no fruto é que, com a presença dele, a igreja não investirá tempo e energia, discutindo, brigando por causa dos dons. Ela simplesmente os reconhecerá e os usará para a edificação e não para destruição mútua.

A presença do Espírito Santo, também chamado de "Espirito de Cristo", "Espírito de Deus", "Espirito do Senhor", significa Deus se manifestando dentro de nós (como de maneira extraordinária escreveu Christrian A. Schwars em "Nós diante da trindade"). Tal presença resulta no brotar de um conjunto de qualidades espírituais que redirecionam nossas vidas, como igrejas ou indivíduos.

Conquanto Paulo tenha exemplificado tal manifestação, em Gálatas 5.22-23, como sendo "
amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade,
Gálatas 5:22
mansidão e domínio próprio", o fruto da presença do Espírito de Deus em nós se manifesta também através de outras qualidades, como por exemplo a liberdade: "Ora, o Senhor é o Espírito e, onde está o Espírito do Senhor, ali há liberdade." (I cor. 3.17).

Fruto, portanto, é tudo aquilo que resulta do  domínio da presença do Espírito de Deus sobre nós, da nossa disposição em permitir sua atuação em nós. A oração - ouvir e falar com Deus - é o melhor caminho para que tal manifestação aconteça. A Bíblia é a fonte mais completa e, portanto, o melhor caminho para compreendermos como isso se deu ao longo dos primeiros anos de história da igreja e como pode fazer parte de nossas vidas hoje.  

Oremos a Deus, então, e estudemos as Escrituras visando permitir que o Espirito produza em nós as qualidades necessárias ao nosso bom desenvolvimento.
Abraços do seu pastor,

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