sexta-feira, 8 de junho de 2012

Vereadores e Líderes de Associações e Comunidades - 08.06.12 - 47/100 dias de oração pelo Brasil

“Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens; pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranqüila e pacífica, com toda a piedade e dignidade.” (I Tim. 2.1-2)


Há uma dimensão da vida humana cujo índice de rejeição está tão elevado que não desejamos sequer orar pelos que nela atuam: a política. O exercício do poder sem o devido respeito e valorização ao significado da palavra autoridade, presente entre parcela significativa dos que exercem cargos eletivos, tem feito com que não acreditemos em “políticos”, nem queiramos nos envolver com a política, seja ela partidária ou comunitária.

 Podemos apontar duas razões para isso: 1) poucos dos que se elegem o fazem visando trabalhar para que “tenhamos uma vida tranquila e pacífica, com toda piedade e dignidade”(II Tim. 2.1-2); 2) por entendermos, equivocadamente, que a presença de cristãos na política seja inadequada em face da corrupção.

 O problema é que essa aversão à participação política consciente faz com que os cargos sejam ocupados por quem não leva as implicações do evangelho a sério. Pior ainda, por coerência à crença na Bíblia, somos constrangidos a nos sujeitarmos a governantes e autoridades (Tt 3.1) cuja conduta é incompatível com a ética que defendemos para todos. 

Além disso, justamente porque desprezamos a participação política, nos tornamos despreparados para o exercício da cidadania e presas fáceis de candidatos que enxergam igrejas e demais estruturas denominacionais como currais eleitorais.

 Com a ajuda de líderes que transformam eventos religiosos em palanques, somos iludidos por alguns que se dizem defensores de interesses evangélicos, mas, muita vez, se posicionam de maneira oposta aos desafios do evangelho.

Sabemos que, através de debates, acordos e votação, são aprovadas leis que afetam interesses públicos e regem nossas vidas. Então, da liberdade de ir e vir, de pensar, crer e falar, passando pela qualidade da água, comida, roupas, transporte, energia elétrica, educação, saúde, enfim, tudo sofre influência determinante da política por nós desprezada.

Quando Israel foi derrotado pelos moradores de Aí e a liderança pôs-se a orar, Deus disse a Josué: “"Levante-se! Por que você está aí prostrado?... "Vá, santifique o povo!”” (Js. 7.10,12). Isso quer dizer que Deus quer oremos pelos vereadores, líderes de associações e comunidades, pelos que estão investidos de autoridade, mas não em detrimento, em prejuizo, da ação.

 E bom que desejemos uma nação santa, isto é, saudável. É muito bom que, em oração, estejamos focados nessa busca. Será melhor ainda que, sob a orientação divina, nos levantemos para agir.

Abraços do seu pastor,

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