sábado, 30 de junho de 2012

Um desafio Chamado Região Sul do Brasil - 29.06.12 - 68/100 dias de oração pelo Brasil

A região Sul do Brasil parece-me a que apresenta de forma mais nítida a presença de grupos religiosos como católicos, luteranos e espíritas. Além disso, o índice dos que se declaram ateus também é elevado enquanto o número dos que se declaram evangélicos é um dos menores do país. A meu ver essas diferenças acentuadas constituem um desafio tão grande à evangelização quanto às condições econômico-financeiras que estão entre as melhores do país.

Dinheiro e religião representam dois dos maiores desafios ao ser humano: lidar com dinheiro e lidar com o poder. Segundo as palavras de Jesus, não é possivel servirmos a Deus e ao dinheiro. Não vivemos sem dinheiro, mas ter dinheiro não é o sentido do viver. Daí o sábio ter dito: "...não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o SENHOR? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão." (Provérbios 30:8-9). Para ele, Deus é o sentido do viver e nada que nos separe da comunhão com Deus ou que nos leve a agir de forma contrária aos seus ensinos, vale a pena. Se ter demais ou ter de menos atrapalha nossa comunhão, que almejemos o suficiente, defende o escritor bíblico.


Se lidar com o dinheiro tem sido um desafio para grande parcela da população, lidar com o poder não fica atrás. E poucos poderes se comparam aos poderes que a religião pode exercer sobre indivíduos e sociedades. Lidar com a religião é lidar com o desconhecido e o desconhecido nos amedronta. Diante dela a indiferença não é a marca. Assim, os que lideram a religião, sem ética, transformam-na em instrumento de poder. E a história demonstra muito bem que, em face disso, a religião sempre tem sido um dos eixos geradores de conflito interpessoal e social.


Religião e dinheiro estão presentes no sul do Brasil de forma diferenciada das demais regiões do país. Reconhecer isso é essencial para qualquer projeto de evangelização. Se não ficar claro que nosso objetivo evangelizador é manifestar o amor de Deus, trabalhando para que tal amor supere nossas diferenças religiosas e econômicas e nos mova em direção de uma convivência cooperadora e não competidora, solidária e não opressora, poderemos até sermos bem sucedidos em termos de empreendimento, mas jamais, em termos de fé, no sentido cristão presente na vida de Jesus.


Ao orarmos pelo sul do Brasil, oremos por nós que pretendemos evangelizá-lo, a fim de que tenhamos clareza de propósito e motivação em nossa ação.


Abraços do seu pastor,

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