Dona Maria
Antes do sol nascer,
ela acorda todo dia
e para o trabalho sai,
com a barriga vazia.
Lá no canavial,
com um facão afiado,
enriquece o usineiro,
em troca de algum trocado.
Ao anoitecer,
cansada de trabalhar,
ela retorna pra casa,
com uma esperança no olhar.
Nos lábios um riso amarelo,
o facão pendurado na mão,
lá vem a bóia-fria,
em cima de um caminhão.
Entra ano, sai ano,
todos os dias da vida,
vai e vem dona Maria,
vegetando, empobrecida.
Lenço velho na cabeça,
cabelos se embranquecendo,
rugas marcando o rosto
e ela sobrevivendo.
Setembro de 1997 - UFPE - Homenagem aos bóias-fria
ela acorda todo dia
e para o trabalho sai,
com a barriga vazia.
Lá no canavial,
com um facão afiado,
enriquece o usineiro,
em troca de algum trocado.
Ao anoitecer,
cansada de trabalhar,
ela retorna pra casa,
com uma esperança no olhar.
Nos lábios um riso amarelo,
o facão pendurado na mão,
lá vem a bóia-fria,
em cima de um caminhão.
Entra ano, sai ano,
todos os dias da vida,
vai e vem dona Maria,
vegetando, empobrecida.
Lenço velho na cabeça,
cabelos se embranquecendo,
rugas marcando o rosto
e ela sobrevivendo.
Setembro de 1997 - UFPE - Homenagem aos bóias-fria
Edvar Gimenes de Oliveira
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1 comentários:
Nossa, esta cena é tão real para nós que moramos um tempinho na região de Paud´alho. Lembro de persaonalidades bem real muito próxima! É o Brasil!
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