segunda-feira, 14 de maio de 2012

Juventude Evangélica - 13.05.12 - 21/100 dias de oração pelo Brasil


Hoje vamos orar pela juventude evangélica, seguindo o roteiro de oração publicado no livro “100 dias que impactarão o Brasil”.

Não é importante aqui se a palavra “evangélico”  tem relação com seu significado histórico. Isso seria assunto para outra reflexão. O que interessa  é uma juventude que, seja por quais motivos ou motivações forem, optou por abrigar-se sob esta nomenclatura.

Há algo especial no coração de jovens que se interessam por participar de uma igreja e, mais ainda, por se declararem seguidores de Jesus.

Se o que lhes está sendo repassado não retrata adequadamente  os ensinos de Jesus, o problema não é primeiramente deles. Não se pode exigir de pessoas, cujo foco de estudos excepcionalmente inclui algo sobre hermenêutica bíblica ou história do pensamento da igreja, por exemplo, sejam capazes de discernir se o que lhes está sendo ensinado é ou não o melhor, em termos das palavras de Jesus.

Nos congressos dos quais participam, por exemplo, raramente passará  pela cabeça de algum deles, quais teriam sido os critérios usados pelos dirigentes para que estes e não aqueles palestrantes fossem convidados para falar-lhes. Por que isso ocorreria, se são poucos , inclusive dos que já estão em universidade,  que se interessam por entender sobre o que é ideologia ou política religiosa?

Quando se pensa em “juventude evangélica”, levando-se em conta todas as igrejas que adotam esta adjetivo (que para algumas é marca), reconhecemos que o sentimento religioso fala muito mais do que o pensamento. Senso crítico? Que escola acredita ser isso importante? Que igreja colocaria isso em sua lista de interesses, se é justamente na falta dele que algumas se apegam para aliciár jovens? Mas, a despeito disso, valorizamos seu desejo de envolver-se numa igreja e, mais do que isso, de acertar na caminhada com Deus.

Valorizamos essa devoção, pois ela é ponto de partida para qualquer processo de amadurecimento espiritual, de engajamento nas causas de Deus. Ou não foi assim que a maioria dos que hoje se consideram “maduros”, inclusive no pensamento, começaram? Se existe distância muito grande entre o conteúdo e forma da fé da juventude evangélica e a da que os “maduros” alcançaram,  que se use os meios disponíveis para alertá-los e ajudá-los.

 Se alguém merece uma palavra de repreensão, esse alguém não seria a “juventude evangélica”, mas as igrejas, especialmente nós,  sua liderança.  É que, como igreja, nos conformamos ao espírito do tempo no qual o que vale é o resultado quantitativo do que se alcança (número de membros ou voluntários, alvos financeiros,  pontos de pregação (ou de captação de recursos...) e não o valor do ser humano e suas múltiplas necessidades, inclusive e especialmente as espirituais.

Peço a Deus misericórdia por minha vida como pastor, pelas igrejas e pela juventude evangélica deste tempo.  Que ele abra nossos olhos para não fazermos da igreja uma extensão do que se valoriza fora dela, mas que a vida fora dela seja uma extensão do que deve ser valorizado numa igreja: o amor e a graça divinos.

1 comentários:

Gal 15 de maio de 2012 às 00:10  

Olá pr, sempre visito seu blog. Ao ler este seu texto especiicamente passou pela minha mente minha trajetória religiosa, sou da igreja desde os 8 anos de idade, hj tenho 27. Acredito que o que torna mais especial em seguir Jesus é fazer isso de livre e espontanea vontade, sem medo de inferno ou de um Deus mal. Hj olho para algumas pessoas bem mais jovens que eu e que estão naquele fervor de devoção, não nego a imporancia disso e recordo minha vida de devoção, em envolver-se com a igreja e acertar na caminhada com Deus, era isso que regia minha caminhada, por isso concordo qnd vc diz que a devoção é ponto de partida para qualquer processo de amadurecimento espiritual, de engajamento nas causas de Deus. Comigo aconteceu exatamente assim.