sábado, 19 de maio de 2012

Moradores de Rua - 19.05.12 - 27/100 dias de oração pelo Brasil

Morador de rua é algo comum de se ver em nossas cidades brasileiras. Na região do Canela e Campo Grande, em Salvador, por exemplo, alguns fazem parte do dia-a-dia dos moradores. Mas eles não estão presentes somente em países empobrecidos. Nos países enriquecidos também nos deparamos, ainda que raramente.

Bem antes da crise econômica americana, vez por outra via um pelas ruas das cidades do Sul da Flórida. Mas a maioria, consciente, aparecia com uma placa de papelão, dizendo algo para os que passavam, como este:

(Não precisamos de moedas, mas de mudança)

Os motivos de cada um são diferentes. Tenho acompanhado semanalmente alguém que já perambulou pelas ruas. Considero uma grande vitória o simples fato de já ter conseguido manter contato por dois meses, com regularidade e pontualidade com esta pessoa. Se ela superará seus problemas e se reintegrará plenamente, não há como dizer.

Boa parte segue por este caminho por conflitos interiores profundos que começaram dentro de casa, por razões das mais diversas, inclusive, e talvez principalmente, de ordem sócio-econômica. Elencá-las aqui seria desnecessário. Com facilidade encontramos o assunto sendo tratado na internet.

A solução é complexa, pois envolve elementos de natureza espiritual, psicológica e econômica e o processo de recuperação não é tão rápido. Lidar diretamente com as próprias pessoas talvez seja o primeiro grande desafio, pelas condições de higiene nas quais se encontram.

Admiro pessoas, como as que atendem os apelos da "Missão Pelourinho" (informe-se com Analice, da IBG - analice_pcn@yahoo.com.br) e saem às ruas para alimentar, falar do amor de Deus e abrir possibilidade de recuperalção. Mas nem todos conseguem participar de ações desta natureza. Nesse caso, talvez os caminhos possíveis seja , primeiro, um engajamento político na cidade, a fim de mover os poderes públicos a uma ação mais direcionada e eficaz, no sentido de investir na recuperação e, também, apoiar com recursos técnicos e financeiros,
ONGs que atuam na área.

Como vivemos num país no qual os desafios na área social são imensos, as alternativas de atuação social são múltiplas. Porém, ficar sem fazer nada, de braços cruzados, transferindo a responsabilidade para os poderes públicos não me parece o melhor caminho, ainda.

Uma vez que nos comprometemos com aquilo pelo que oramos, oremos hoje pelos moradores de rua, nos informemos a respeito de quem está fazendo algo e participemos de alguma forma a fim de que a dor dos que vivem nesta condição e a prória condição de morador de rua sejam superadas.

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