segunda-feira, 21 de maio de 2012

Visão de Compaixão da Igreja - 21.05.12 - 29/100 dias de oração pelo Brasil


Nesse domingo, na 29ª mensagem sobre Imperativos de Jesus, no culto da I.B.da Graça.SSA, um dos aspectos que enfatizamos foi a priorização da misericórdia acima da lei, ensinada e exemplificada por Jesus.

É claro que nenhum valor espiritual deve ser encarado de forma absoluta. Está fadada a falir qualquer instituição religiosa cujos dirigentes pretendam se reger absolutamente pela misericórdia, da mesma forma que nenhuma será capaz de cumprir sua missão se os dirigentes se regerem absolutamente por citérios friamente técnicos. São dois extremos que devem ser avaliados. O conflito entre a priorização do humano e a da instituição é permanente e isso pode ser saudável, dependendo de como se lida com ele.

Teoricamente é fácil defender que a misericórida ao humano é mais importante do que a preservação da instituição. Porém, nem sempre o que defendemos se torna factível através das decisões que tomamos, em face das implicações, dos desdobramentos, no tempo e no espaço. Não há decisões cujos efeitos se limitam estritamente ao aqui e agora. Sempre haverá efeitos no lá e depois.

Coloco isso, inicialmente, pra deixar claro o cuidado que devemos ter quando avaliamos nossos valores em termos teóricos e quando precisamos decidir numa determinada situação.

Afora isso, ainda que não tenhamos dados objetivos sobre como a misericórdia está sendo vivenciada em cada igreja local, alertar sobre a possibilidade de a estarmos deixando em segundo plano, em face da evidente priorização do material sobre o espiritual em nossa sociedade, é sempre oportuno. É que a igreja real é formada por pessoas que retratam muito mais a cultura da sociedade na qual está inserida do que admitimos.

É natural que a cultura exerça influência sobre a igreja. A igreja, entretanto, precisa ter consciência de que, se por um lado somos produto do meio, por outro, somos capazes de refletir, avaliar e influenciar os rumos do meio. A cultura influencia na construção do ser humano, o ser humano influencia na construção da cultura. É um círculo que pode ser virtuoso, dependendo de como lidamos com ele.

Pensando assim, se vivemos em uma cultura na qual o materialismo é fortemente valorizado, é claro ser da maior importância, reagir, enfatizando a necessidade de valores espirituais, dentre os quais a misericórdia é essencial.

Além disso, não devemos deixar de considerar que a priorização do dinheiro é tal, especialmente em igrejas midiáticas, que há até aquelas que justificam não ajudar pessoas em situação de adversidade econômico-financeira, sob a alegação de que, se elas - tais pessoas - chegaram a tal ponto é porque estão vivendo em pecado. Isso é tão absurdo quanto proclamar que a prosperidade material é fruto de bênção divina, desconsiderando determinantes político-econômicos. 

Então, enfatizar a compaixão na vida da igreja é algo que não sai de moda, em face da visível e comum divinização do dinheiro, do material.

Hoje, a reflexão escrita por Eli Fernandes de Oliveira, sob o tema "Visão de Compaixão da Igreja!", no roteiro de oração "100 dias que impactarão o Brasil", merece uma profunda reflexão e, sobretudo, avaliação em torno do nosso discurso e nossa prática.
Abraços do seu pastor,

1 comentários:

Lucy Millan Magalhães 15 de junho de 2012 às 20:03  

Eu também gosto muito de missões e intercessões, meu blog é dirigido para evangelização, pois para nós que conhecemos a Palavra, não há nada mais importante do que expandir o Reino. Se não for para falar de Jesus, outras redes significam um desperdício de tempo precioso, pois o tempo urge, a Graça de Deus prestes acabará. Um abraço, parabéns pelo seu blog. Lucy