sábado, 26 de maio de 2012

Libertar o Brasil da corrupção e dos negócios ilícitos - 26.05.12 - 34/100 dias de oração pelo Brasil

"Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." ( Mateus 6:24)

Não acredito que se possa combater a corrupção, em termos espirituais, sem entendimento e obediência às palavras de Jesus a respeito da nossa relação com o dinheiro. Entendo que a compreensão das palavras de Jesus - "Não podeis servir a Deus e a Mamon" - é a chave que modifica todo o sentido de nossa existência e afeta nossos relacionamentos com as pessoas, as coisas e o meio ambiente.

Qualquer pessoa que aprofunde o entendimento sobre o significado de tais palavras e as leve a sério concordará com Robert Kiyosaki e Sharon Lechter
,  paradoxalmente capitalistas conhecidos pelo livro "Pai Rico, Pai Pobre", pelo menos quando afirmam que devemos controlar o dinheiro e não ser controlados por ele.

Ainda que a ideologia não seja a mesma, as palavras deles clareiam uma idéia essencial das palavras de Jesus: controlará nossa vida quem for reconhecido por nós como nosso Deus.

Corrupto é a pessoa que, na prática, definiu que o dinheiro é o deus de sua vida. Não importa quanto tenha, nem que malefícios isso possa causar à sua vida, à humanidade ou ao meio ambiente. Não importa a ética ou as leis de uma sociedade. O importante é ter, seja qual for o preço a ser pago, pois o dinheiro é o deus de sua vida e sobre ela exerce pleno controle.

Isso, entretanto, não significa que, para resolvermos a questão da corrupção, nada mais precise ser feito senão "evangelizar", visando a conversão de cada indivíduo ao "senhorio de Deus".

Por esse raciocínio, não seria necessário nos ocuparmos com a elaboração, manutenção e aplicação de leis para garantir uma infinidade de direitos humanos. Bastaria um constante e ininterrupto processo de  "evangelização" e tudo se resolveria.

Significa que, em que pese o reconhecimento de que a base espiritual dos nossos problemas seja a ausência de reconhecimento do senhorio, da autoridade de Deus sobre nossas vidas e que a evangelização (não confundir com a  conquista de adeptos religiosos interessados somente em fugir do fogo do inferno para em viver em ruas de ouro e cristal nos céus) seja o caminho para que nossa relação com Deus se modifique, outras ações são necessárias, em termos sociais. Sem tais ações, os efeitos maléficos da insubmissão a Deus destruirão a vida.

Penso que o combate à corrupção deve passar por um permanente processo evangelizador visando levar pessoas a conhecerem, reconhecerem e se comprometerem com os valores espirituais personificados em Jesus, bem como por uma ação política determinada das pessoas que reconhecem o "senhorio de Deus", personificado em Jesus, no sentido de desenvolverem leis, estruturas organizacionais e sistemas de controle que minimizem os efeitos maléficos que o "Senhorio da riqueza", personificado no dinheiro, exerce sobre a vida humana.

Leis como a de responsabilidade fiscal e do acesso à informação, bem como projetos de lei
, em discussão no Congresso Nacional, como o que regulamenta o lobby político (as ações visando influenciar os poderes públicos); que institue o financiamento público de campanha, acabando legalmente com o financiamento privado e o que criminaliza as empresas que participam de atos de corrupção são iniciativas que visam aumentar a transparência e as penalidades, para tornar a vida em sociedade mais saudável, minimizando os efeitos do "senhorio do dinheiro".

Neste dia em que estamos orando para "libertar o Brasil da corrupção e dos negócios ilícitos", não podemos deixar de rever
, diante de Deus, nossa teologia, bem como nossa ética. Isso é essencial na construção de uma vida melhor, de um país melhor.

Abraços do seu pastor,
Edvar

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