quarta-feira, 9 de maio de 2012

Traficantes de drogas - 09.05.12 - 17/100 dias de oração pelo Brasil

O menino tem 10 anos. 
Vive com sua mãe em um quarto e banheiro, sem quintal, sem estrutura sanitária adequada, em barracos empilhados.
A escola vive em greve e, quando não, professores faltam às aulas.
Suas roupas foram dadas por alguém que limpou o guarda-roupas.
Fica só o dia todo, pois a mãe precisa sair pra trabalhar.
Nada do que vê na televisão tem a ver com sua vida.
Tudo que vê na televisão torna-se sonho inatingível.
Lá está ele correndo atrás de alguma coisa em qualquer espaço transformado em campo de futebol.
Chega um mais velho e pede a ele pra levar um encomenda em troca de R$ 5,00.
Ele faz sem saber do que se trata.
A experiência se repete e o valor aumenta.
Ele gosta, pois começa a poder comprar o que sua mãe não lhe pode dar.
Quando descobre que o nome da encomenda é drogas, já se acostumou com o dinheiro fácil.
Não tendo educação adequada, nem orientação de adulto, não sabe sequer o é crime.
Das drogas, soube que deixa quem usa "feliz".
Com o dinheiro que ganha da entrega, resolveu experimentar.
Gostou e tornou-se usuário.
Viciou e agora precisa de mais dinheiro pra comprar o que a mãe não dá e também manter o vício.
Quando é pego pela polícia, não é mais um menino.
É traficante.

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Os pais são pessoas bem sucedidas financeiramente.
Quando não estão no trabalho, estão em eventos sociais.
Mora em um bairro com IDH elevado.
Estuda em ótima escola.
Tem motorista pra levar e buscar.
Acorda e dorme pendurado em celular.
Tecnologia de informação de todo tipo está à disposição.
De festinha em festinha aproxima-se do universo adolescente.
Não lhe falta dinheiro, transporte, roupa de grife e tal, pra se apresentar nas baladas.
Pobre de afeto e de valores espirituais em casa, sua angústia cresce com a ampliação do círculo de amizadades.
Na animação começa com um copo de bebida alcoólica servida ilegalmente.
Pela carência afetiva, falta de senso crítico e necessitando de afirmação é incapaz de dizer não.
E diz sim a uma experiência com um barato que lhe deixa nas nuvens.
A necessidade de prazer é imensamente maior do que a mesada fácil que recebe.
Por quenão conseguir mais dinheiro para manter o vício?

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Cada um tem sua história, mas nenhum nasceu pra ser traficante.
Há traficantes de índole má? Claro.
Há muito traficante que não é viciado, apenas empresário? Certamente.
 Mas há também muitos que, sem se darem conta, cairam na armadilha.
Oremos por suas vidas.
Oremos por nossas vidas.
Por nossa escala de valores.
Por nossa relação com dinheiro, prestígio e poder.
Por nossa relação com Deus.
Por nossos familiares e amigos.
Pela maneira como dividimos e usamos nosso tempo.
Por uma adequada escala de prioridades.

Abraços do seu pastor,

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