terça-feira, 8 de maio de 2012

Missionário - 08.05.12 - 16/100 de 100 dias de oração pelo Brasil

É simples. Não há muito o que dizer.

Missionário é pessoa comprometida com uma missão. Não importa se a missão será executada na sala de sua casa, no galpão de produção da fábrica, no escritório da empresa, na praça de uma cidade, na sala de uma escola de ensino geral ou bíblico, numa sala de aconselhamento, no púlpito de uma igreja, enfim.

É simples. Não há muito o que dizer.

Missionário é pessoa que tem clareza de sua missão.  Jesus tinha:  "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para pregar boas novas aos pobres. Ele me enviou para proclamar liberdade aos presos e recuperação da vista aos cegos, para libertar os oprimidos   e proclamar o ano da graça do Senhor" (Lc. 4.18-19). A clareza da missão é determinante para sua eficácia.

É simples. Não há muito o que dizer.

Missionário é gente como a gente, como muito bem disse o Pr. Samuel Meira Moutta, no roteiro de oração do livro "100 dias que impactarão o Brasil". Não é uma idéia, um mito. É gente que chora, que ri, que se irrita, que adoece, que fala, que silencia, que trabalha, que descansa, que tem libido, que lida com tentações, que paga contas e, como 90% dos brasileiros, tem renda insuficiente para pagar alimentação, habitação, vestuário, educação, lazer, saúde, transporte, água, luz, telefone...

É tão simples entender que precisamos complicar, para controlar.

Então, assim como os homens criaram o discurso da rainha do lar e com ele fugiram das responsabilidades domésticas, os crentes colocaram alguns dos seus irmãos num pedestal, chamando-os de missionários e, assim, fogem de suas responsabilidades no mundo. Eu pago as contas e você cuida da casa, diria o machista. Eu pago as contas e você faz a obra missionária, diriam alguns membros de igreja.

E pra não sobrecarregar o missionário, decidiu-se em gabinetes onde a teologia é e- labor -ada que seu trabalho é somente pregar a possibilidade de salvação do inferno e inclusão no céu, escatológicos, claro, e desafiar os ouvintes a responderem com as palavras mágicas: "eu aceito Jesus"!

Missão como caminhada solidária, como construção cotidiana, como interesse por todas as dimensões da vida humana, como discurso de amor encarnado nas simples ações do dia-a-dia? Isso é coisa do passado, mania de Jesus!

Na era da produção, do planejamento, da eficácia,  dos números, o que conta são os relatórios que confirmam quantas pregações ou estudos foram feitos, quantas visitas realizadas, quantos folhetos foram distribuidos, quantas pessoas compareceram aos cultos,  quanto foi a variação positiva do valor do patrimonio físico-financeiro, quantos batismos efetuados e quantas novas almas retiradas do inferno escatológico.

É simples assim: quem não tem relatório pra dar, ainda que dê a sua vida em favor do semelhante, não é valorizado como missionário. Não é aos olhos e aos interesses de quem?

Vamos orar pelos missionários? Comecemos orando por nós!

Abraços do seu pastor,

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