segunda-feira, 14 de maio de 2012

Santidade nos relacionamentos interpessoais - 14.05.12 - 22/100 dias de oração pelo Brasil

"Os tempos estão difíceis. Vivemos uma época em que os relacionamentos - superficiais, frágeis e instáveis - tornam a vida humana solitária e, por vezes, insuportável. Tempos em que o oportunismo, o egoísmo e a ética da conveniência distanciam as pessoas, deixando-as muito mais vuneráveis à tristeza e ao crescente número de somatizações. Tempos em que o relativismo substitui o certo pelo adequado e o coerente pelo conveniente. Nesse cenário, a dificuldade de se deixar guiar por um caráter cristão é cada vez maior. Por outro lado, os efeitos de um testemunho de vida coerente também serão cada vez maiores em um mundo carente da verdade e do amor duradouros" (Pr. Ney Ladeia, no livro "100 dias que impactarção o Brasil").  

Dr. David Mein disse certa vez, em uma aula de Novo Testamento, que, em Cristo, todos somos santos e que, aquilo que chamamos de santidade deveria ser chamado de crescimento na graça.


Definições conceituais à parte, trago comigo um convencimento pessoal de que o melhor sinônimo para a palavra santidade (vocabulário da linguagem sacerdotal) em nossos dias, seria a palavra saudável. Santidade, portanto, não deveria ser visto como algo místico que só poderia ser alcançado na vivência em círculos religiosos, mas algo que pode e deve estar presente em todas as dimensões da vida humana. É a vida vivida debaixo da graça de Deus que nos estimula ao viver saudável em todas as áreas, especialmente como bem destacou o Pr. Ney Ladeia, nos relacionamentos interpessoais.  

Todo relacionamento apresenta traços de conflitos. O problema não são os conflitos inerentes ao relacionamento humano, mas o processo doentio que eles desencadeiam quando não são "re-conhecidos" e devidamente tratados. 

Pior, então, é quando mascaramos os conflitos, agindo como se eles não existissem. Atitude aparentemente benéfica, em termos políticos, nos resultados de curto prazo, na sequência prolongada torna-se um elemento estressante e profundamente doentio. Doentio não só para os relacionamentos, mas também para as pessoas envolvidas.

  Da mesma forma que, em administração, as grandes reformas decorrem do acúmulo de pequenos problemas não solucionados no cotidiano, em relacionamento, a desatenção aos pequenos e sucessivos conflitos culminarão com a necessidade de uma intervenção cirúrgica.


  Se nos comprometemos com aquilo pelo que oramos, oremos, então, pela santidade - ou saúde - nos relacionamentos interpessoais, pois é algo que afeta todos nós, sem excessão.
Abraços do seu pastor,

0 comentários: