A família brasileira está doente - 15.05.12 - 23/100 dias de oração pelo Brasil
A Família brasileira está doente. O diagnóstico para tal afirmação, apresentado no roteiro de oração do livro "100 dias que impactarão o Brasil", tem como base os indicadores de crescimento no número de divórcios e de violência contra a mulher; o abuso sexual contra crianças menores de idade; o início mais cedo da atividade sexual; o acesso à pornografia e o aumento no uso de cocaina.
Tais indicadores, em sua maioria relacionados a atividades sexuais, tornam-se no mínimo curiosos quando comparados com outros.
Vejamos:
Nunca se comercializou tanta Bíblia neste pais quanto atualmente. Já comercializamos Bíblias para todos os gostos e segmentos. É a do Pastor, da Mulher, do Pentecostal, do Adolescente e por aí vai. A renovação nos tipos de Bíblia comercializadas já é tão rápida quanto a dos automóveis e do Windows que ocorrem anualmente.
Nunca se comercializou tantos livros voltados para família (em sua maioria escritos por norte-americanos, seja por cremos que o que é bom pro lado de lá, deve ser também pro lado de cá, seja porque a visão de mercado deles é mais aguçada e seus parceiros aqui também lucram com isso).
Nunca se comercializou tanto evento, especialmente em lugares que só a classe média alta tem acesso, para abordar problemas de família (e nunca custou tão caro para 90% da população brasileira participar de um deles).
Nunca tantas igrejas evangélicas deram atenção à atividade com casais como atualmente (ainda que seja muito menos do que gostaríamos).
Nunca vimos surgir tantas igrejas com perfis tão diversificados e convivendo tão democraticamente (vi um dia desses, em uma rua de Salvador, literalmente lado a lado, uma dos Mórmons, uma Renascer e uma Batista).
Nunca o número de evangélicos cresceu tanto, segundo indicadores do IBGE.
O que chama minha atenção é que desconheço literatura evangélica ou propaganda de eventos para família (o que não quer dizer que não existam) fazendo alguma relação entre crise familiar e avanço científico-tecnológico; crise familiar e consumismo; crise familiar e desemprego; crise familiar e baixa renda; crise familiar e transportes de baixa qualidade; crise familiar e insegurança; crise familiar e habitação; crise familiar e educação de baixa qualidade; crise familiar e o novo mundo das comunicações; crise familiar e os direitos da mulher; crise familiar e a economia de mercado; crise familiar e a estrutura política do país; crise familiar e cidadania; crise familiar e a teologia das igrejas; crise familiar e a postura profética das igrejas; crise familiar e a política das (e nas) igrejas, enfim.
Ao levantar outras possibilidades de sinais através dos quais poderíamos diagnosticar causas do adoecimento das famílias brasileiras, não nego, de modo algum, que há sintomas em quantidade suficiente para declararmos que a saúde da família está abalada, nem nego, de modo algum, que todos os indicadores citados inicialmente sejam relevantes. Pelo contrário. Cada indicador por si só, deveria ser motivo de muita atenção de todos os cidadãos brasileiros.
O que questiono é que, se com toda a vendagem de Bíblias e livros sobre família, multiplicação de igrejas, inclusive das interessadas nas questões de família, e crescimento vertiginoso do número de evangélicos, repito, se com tudo isso a família brasileira continua sendo diagnosticada como em processo crescente de adoecimento, talvez tenha chegado a hora de termos coragem para nos interessarmos por outras causas, além das evidenciadas em SEXO, DROGAS (and rock 'n' roll !!!).
Ao orarmos, portanto, neste dia, pela saúde das famílias brasileiras, peçamos a Deus que nos liberte de ideologias político-religiosas que reduzem nosso entendimento e nos de discernimento para investirmos no estudo, em profundidade, de diversas outras variáveis relacionadas ao assunto família, em vez de priorizarmos a mera reprodução intelectual e comercial originadas em outros contextos, como predominantemente temos visto.
Abraços do seu pastor,
Tais indicadores, em sua maioria relacionados a atividades sexuais, tornam-se no mínimo curiosos quando comparados com outros.
Vejamos:
Nunca se comercializou tanta Bíblia neste pais quanto atualmente. Já comercializamos Bíblias para todos os gostos e segmentos. É a do Pastor, da Mulher, do Pentecostal, do Adolescente e por aí vai. A renovação nos tipos de Bíblia comercializadas já é tão rápida quanto a dos automóveis e do Windows que ocorrem anualmente.
Nunca se comercializou tantos livros voltados para família (em sua maioria escritos por norte-americanos, seja por cremos que o que é bom pro lado de lá, deve ser também pro lado de cá, seja porque a visão de mercado deles é mais aguçada e seus parceiros aqui também lucram com isso).
Nunca se comercializou tanto evento, especialmente em lugares que só a classe média alta tem acesso, para abordar problemas de família (e nunca custou tão caro para 90% da população brasileira participar de um deles).
Nunca tantas igrejas evangélicas deram atenção à atividade com casais como atualmente (ainda que seja muito menos do que gostaríamos).
Nunca vimos surgir tantas igrejas com perfis tão diversificados e convivendo tão democraticamente (vi um dia desses, em uma rua de Salvador, literalmente lado a lado, uma dos Mórmons, uma Renascer e uma Batista).
Nunca o número de evangélicos cresceu tanto, segundo indicadores do IBGE.
O que chama minha atenção é que desconheço literatura evangélica ou propaganda de eventos para família (o que não quer dizer que não existam) fazendo alguma relação entre crise familiar e avanço científico-tecnológico; crise familiar e consumismo; crise familiar e desemprego; crise familiar e baixa renda; crise familiar e transportes de baixa qualidade; crise familiar e insegurança; crise familiar e habitação; crise familiar e educação de baixa qualidade; crise familiar e o novo mundo das comunicações; crise familiar e os direitos da mulher; crise familiar e a economia de mercado; crise familiar e a estrutura política do país; crise familiar e cidadania; crise familiar e a teologia das igrejas; crise familiar e a postura profética das igrejas; crise familiar e a política das (e nas) igrejas, enfim.
Ao levantar outras possibilidades de sinais através dos quais poderíamos diagnosticar causas do adoecimento das famílias brasileiras, não nego, de modo algum, que há sintomas em quantidade suficiente para declararmos que a saúde da família está abalada, nem nego, de modo algum, que todos os indicadores citados inicialmente sejam relevantes. Pelo contrário. Cada indicador por si só, deveria ser motivo de muita atenção de todos os cidadãos brasileiros.
O que questiono é que, se com toda a vendagem de Bíblias e livros sobre família, multiplicação de igrejas, inclusive das interessadas nas questões de família, e crescimento vertiginoso do número de evangélicos, repito, se com tudo isso a família brasileira continua sendo diagnosticada como em processo crescente de adoecimento, talvez tenha chegado a hora de termos coragem para nos interessarmos por outras causas, além das evidenciadas em SEXO, DROGAS (and rock 'n' roll !!!).
Ao orarmos, portanto, neste dia, pela saúde das famílias brasileiras, peçamos a Deus que nos liberte de ideologias político-religiosas que reduzem nosso entendimento e nos de discernimento para investirmos no estudo, em profundidade, de diversas outras variáveis relacionadas ao assunto família, em vez de priorizarmos a mera reprodução intelectual e comercial originadas em outros contextos, como predominantemente temos visto.
Abraços do seu pastor,
0 comentários:
Postar um comentário