Nós diante da trindade (2003)
Através do Pr. Edvaldo Shamá*, tive acesso ao livro de Christrian A. Schwars, “Nós Diante da Trindade”, da Editora Evangélica Esperança (www.esperança-editora.com.br) e assisti as palestras que ele fez sobre o tema. Estou convencido de que as igrejas, especialmente seus pastores, deveriam estudar este texto de apenas 31 páginas.
O autor declara, inicialmente, não estar preocupado com abstrações, mas com a influência do assunto na vida prática da igreja. Começa esclarecendo que o que diferencia o cristianismo de todas as demais religiões é a fé num Deus que é pai, filho e Espírito Santo. Uma de suas primeiras teses diz que mais importante do que crer na trindade é crermos de modo trinitário. Isso significa crer num único Deus que se manifesta de três maneiras; que devemos nos relacionar, de maneira equilibrada, com essas três maneiras de Deus se manifestar; que se enfatizarmos uma das três pessoas da trindade (ou das três manifestações de Deus), cometeremos desvios que produzem prejuízos para nós, individualmente e nos relacionamentos interpessoais e institucionais.
Fazendo uso de gráficos coloridos, ele trabalha o mistério da trindade mostrando, respectivamente, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, da seguinte maneira:
1. Três obras: Criação, Salvação e Santificação;
2. Três maneiras de ser: Deus sobre nós, Deus entre nós e Deus em nós;
3. Três maneiras de se dirigir a nós: Você deve, Você pode e Você consegue;
4. Três campos de realidade: Natureza, História e Existência;
5. Três alianças: Aliança com Noé, Aliança no Sinai e Aliança com a Abraão;
6. Três fontes de reconhecimento: Ciência, Bíblia e Experiência
A partir daí o autor esclarece que “na cristandade global, há três grandes grupos que, a princípio considerado de modo positivo, podem ser entendidos como defensores de uma das maneiras de Deus se revelar: os “liberais” advogam a revelação na criação, os “tradicionais” defendem a revelação da salvação, e os “carismáticos” representam a revelação pessoal”. Segundo o autor, os liberais destacam a dimensão política da fé cristã e são mais familiarizados com temas como sensualidade, arte, liturgia e ciências; os “tradicionais”, destacam a relação pessoal com Jesus e insistem na exigência de sua exclusividade absoluta; os “carismáticos” defendem a revelação pessoal e se importam com a experiência do real poder do Espírito Santo. Quando ocorre o isolamento de um dos três enfoques ou pior, quando um dos enfoques se volta contra outro, surgem problemas entre os grupos.
Quando nos colocamos nos extremos de um desses três grupos – liberais, tradicionais ou carismáticos – produzimos, respectivamente, três tipos comuns de heresia: sincretismo, dogmatismo ou espiritualismo. O primeiro tipo de heresia, do extremo liberal, é o de que não é preciso ser cristão; o segundo, do extremo tradicional, que as doutrinas acerca de Jesus são mais importantes do que a relação com Ele; o terceiro, do extremo carismático, que as experiências espirituais são consideradas mais importantes que a norma da Escritura Sagrada. Neste ponto, fazendo uso brilhante de gráficos, o autor nos convoca a uma avaliação pessoal a fim de que nos situemos em que posição nos encontramos em relação à Trindade.
A partir daí demonstra que “a igreja de Jesus Cristo consiste de dois pólos: instituição (pólo direito) e organismo (pólo esquerdo). Quando eles são separados, surgem heresias à direita e à esquerda”, que não vou citá-las para atiçar sua curiosidade pelo livro. Além disso, o autor apresenta os “efeitos dos diferentes modelos de pensamento sobre questões teológicas centrais” e mostra como, em vez de pensarmos de maneira bipolar – institucionalismo e espiritualismo – canalizamos, erroneamente, nossas energias na luta de uns contra os outros.
Finalmente, o autor apresenta cinco diretrizes para mudança de paradigmas, visando nos ajudar a parar de dividir Deus e começar a experimentá-lo de maneira trinitária, desenvolvendo os seguintes pontos: 1) Jamais tente mudar o modelo de pensamento dos outros; 2) Esforce-se para aprender do adversário; 3) Crie um ambiente em que mudanças ocorrem com mais facilidade; 4) Receba bem os conflitos de paradigmas; 5) Em vez de combater as heresias ativamente, reforce os respectivos pólos contrários.
Creio que o autor atinge seus propósitos de nos ajudar: 1) a determinar qual é a nossa posição espiritual diante da trindade; 2) a compreendermos melhor conflitos; 3) a desenvolver naturalmente a igreja e, 4) a desafiar-nos para mudanças de paradigmas. A leitura fez muito bem para minha vida. Talvez lhe faça bem!
· Pr. Edvaldo Shamá (edvaldo.shama@uol.com.br) é membro de nossa igreja e está apto, didática e teologicamente, para apresentar o assunto, utilizando de maneira adequada o powerpoint como ferramenta.
O autor declara, inicialmente, não estar preocupado com abstrações, mas com a influência do assunto na vida prática da igreja. Começa esclarecendo que o que diferencia o cristianismo de todas as demais religiões é a fé num Deus que é pai, filho e Espírito Santo. Uma de suas primeiras teses diz que mais importante do que crer na trindade é crermos de modo trinitário. Isso significa crer num único Deus que se manifesta de três maneiras; que devemos nos relacionar, de maneira equilibrada, com essas três maneiras de Deus se manifestar; que se enfatizarmos uma das três pessoas da trindade (ou das três manifestações de Deus), cometeremos desvios que produzem prejuízos para nós, individualmente e nos relacionamentos interpessoais e institucionais.
Fazendo uso de gráficos coloridos, ele trabalha o mistério da trindade mostrando, respectivamente, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo, da seguinte maneira:
1. Três obras: Criação, Salvação e Santificação;
2. Três maneiras de ser: Deus sobre nós, Deus entre nós e Deus em nós;
3. Três maneiras de se dirigir a nós: Você deve, Você pode e Você consegue;
4. Três campos de realidade: Natureza, História e Existência;
5. Três alianças: Aliança com Noé, Aliança no Sinai e Aliança com a Abraão;
6. Três fontes de reconhecimento: Ciência, Bíblia e Experiência
A partir daí o autor esclarece que “na cristandade global, há três grandes grupos que, a princípio considerado de modo positivo, podem ser entendidos como defensores de uma das maneiras de Deus se revelar: os “liberais” advogam a revelação na criação, os “tradicionais” defendem a revelação da salvação, e os “carismáticos” representam a revelação pessoal”. Segundo o autor, os liberais destacam a dimensão política da fé cristã e são mais familiarizados com temas como sensualidade, arte, liturgia e ciências; os “tradicionais”, destacam a relação pessoal com Jesus e insistem na exigência de sua exclusividade absoluta; os “carismáticos” defendem a revelação pessoal e se importam com a experiência do real poder do Espírito Santo. Quando ocorre o isolamento de um dos três enfoques ou pior, quando um dos enfoques se volta contra outro, surgem problemas entre os grupos.
Quando nos colocamos nos extremos de um desses três grupos – liberais, tradicionais ou carismáticos – produzimos, respectivamente, três tipos comuns de heresia: sincretismo, dogmatismo ou espiritualismo. O primeiro tipo de heresia, do extremo liberal, é o de que não é preciso ser cristão; o segundo, do extremo tradicional, que as doutrinas acerca de Jesus são mais importantes do que a relação com Ele; o terceiro, do extremo carismático, que as experiências espirituais são consideradas mais importantes que a norma da Escritura Sagrada. Neste ponto, fazendo uso brilhante de gráficos, o autor nos convoca a uma avaliação pessoal a fim de que nos situemos em que posição nos encontramos em relação à Trindade.
A partir daí demonstra que “a igreja de Jesus Cristo consiste de dois pólos: instituição (pólo direito) e organismo (pólo esquerdo). Quando eles são separados, surgem heresias à direita e à esquerda”, que não vou citá-las para atiçar sua curiosidade pelo livro. Além disso, o autor apresenta os “efeitos dos diferentes modelos de pensamento sobre questões teológicas centrais” e mostra como, em vez de pensarmos de maneira bipolar – institucionalismo e espiritualismo – canalizamos, erroneamente, nossas energias na luta de uns contra os outros.
Finalmente, o autor apresenta cinco diretrizes para mudança de paradigmas, visando nos ajudar a parar de dividir Deus e começar a experimentá-lo de maneira trinitária, desenvolvendo os seguintes pontos: 1) Jamais tente mudar o modelo de pensamento dos outros; 2) Esforce-se para aprender do adversário; 3) Crie um ambiente em que mudanças ocorrem com mais facilidade; 4) Receba bem os conflitos de paradigmas; 5) Em vez de combater as heresias ativamente, reforce os respectivos pólos contrários.
Creio que o autor atinge seus propósitos de nos ajudar: 1) a determinar qual é a nossa posição espiritual diante da trindade; 2) a compreendermos melhor conflitos; 3) a desenvolver naturalmente a igreja e, 4) a desafiar-nos para mudanças de paradigmas. A leitura fez muito bem para minha vida. Talvez lhe faça bem!
· Pr. Edvaldo Shamá (edvaldo.shama@uol.com.br) é membro de nossa igreja e está apto, didática e teologicamente, para apresentar o assunto, utilizando de maneira adequada o powerpoint como ferramenta.
1 comentários:
Acabei de comprar o livro indicado via estantevirtual.com.br. Vc manda, eu obedeco! =) Abraco!!!
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