Coisas da vida (2003)
“Pessoas brilhantes falam sobre idéias; pessoas medíocres falam sobre coisas; pessoas pequenas falam sobre outras pessoas. Todos nós já tivemos nossos momentos brilhantes, medíocres e pequenos. O importante é saber em qual deles estamos acumulando milhagem”(Autor desconhecido)
Há uma compreensão de que a vida humana se desenvolve em torno das seguintes dimensões: espiritual, familiar, educacional, econômica, política e do lazer. Sendo assim, qualquer pessoa desejosa de ver a vida florecer, deve investir na melhoria da qualidade dessas seis dimensões. Essa divisão da vida em áreas é importante para fins de estudo, compreensão e desenvolvimento, mas pode provocar problemas.
Um problema é o que nos leva a supervalorizar uma ou outra dessas dimensões, em detrimento – em prejuízo – da demais. Como consequência, encontramos, por exemplo, pessoas com a conta bancária cheia de dinheiro, mas com a existência vasia de significado e o coração paupérrimo de paz, amor, alegria, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio e outros aspectos que são produzidos em corações ricos da presença de Deus.
Outro, tão sério quanto o anterior, se fundamenta numa compreeensão equivocada de que essas áreas subsistem separadamente, isto é, sem que uma se relacione com a outra. Ainda que, numa escala de valores, uma possa ser considerada mais importante do que outra, o desequilibrio na valorização produz danos ao individuo e à coletividade. A título de exemplo, uma pessoa, obesa economicamente, mas magérrima espiritualmente (não confundir com religiosa ou misticamente), pode se transformar num rolo compressor, com elevado grau de periculosidade.
A sociedade em que vivemos supervaloriza o econômico. Nela, como ouvimos com frequência, o homem é respeitado pelo que tem e não pelo que é. Por isso, contrariando o desafio de Charles Chaplin, em O Grande Ditador, ela não produz seres humanos, produz máquinas! E o pior é que cresce o número de igrejas que, esquecendo sua missão precípua de fomentar o desenvolvimento espiritual e sua relação positiva com as demais dimensões, entraram na dança do Mercado e estão transformando suas sedes em ponto comercial, cujo produto principal é a venda de ilusão, travestida de misticismo pseudo-espiritual, explorando crentes-clientes que não enxergam ou não querem enxergar outras possíveis causas de seus problemas, que não pela “ótica cega” do misticismo exagerado.
Diga-se de passagem, se há igrejas explorando, comercialmente, pessoas, isso ocorre porque a dimensão econômica é tão enfatizada e a política está tão desturpada que cresceu o nicho de mercado formado por pessoas em busca de Deus somente como meio de prosperidade material. Em outras palavras, não estão interessadas em Deus, mas no retorno econômico que uma relação com Ele poderia proporcionar. Quando a fome de um se encontra com a vontade de comer do outro, criador e criatura são transformados em meio para se alcançar o “verdadeiro” deus da existência: o dinheiro.
Na tentativa de nadar contra a maré, iniciamos esta coluna visando ser um espaço saudável de reflexão crítica. Tentaremos tratar de coisas da vida a partir de uma perspectiva biblico-teológica. Queremos oferecer aos leitores uma oportunidade de refletir sobre a necessidade de investir em cada uma das dimensões citadas no início, visando a construção de uma vida mais saudável. Não visamos, portanto, fazer proselitismo religioso. Queremos contribuir para aproximação do leitor com Deus e com seus semelhantes, numa relação de amor. Queremos, ao tratar de coisas da vida, ser uma expressão do amor de Deus.
Um problema é o que nos leva a supervalorizar uma ou outra dessas dimensões, em detrimento – em prejuízo – da demais. Como consequência, encontramos, por exemplo, pessoas com a conta bancária cheia de dinheiro, mas com a existência vasia de significado e o coração paupérrimo de paz, amor, alegria, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio e outros aspectos que são produzidos em corações ricos da presença de Deus.
Outro, tão sério quanto o anterior, se fundamenta numa compreeensão equivocada de que essas áreas subsistem separadamente, isto é, sem que uma se relacione com a outra. Ainda que, numa escala de valores, uma possa ser considerada mais importante do que outra, o desequilibrio na valorização produz danos ao individuo e à coletividade. A título de exemplo, uma pessoa, obesa economicamente, mas magérrima espiritualmente (não confundir com religiosa ou misticamente), pode se transformar num rolo compressor, com elevado grau de periculosidade.
A sociedade em que vivemos supervaloriza o econômico. Nela, como ouvimos com frequência, o homem é respeitado pelo que tem e não pelo que é. Por isso, contrariando o desafio de Charles Chaplin, em O Grande Ditador, ela não produz seres humanos, produz máquinas! E o pior é que cresce o número de igrejas que, esquecendo sua missão precípua de fomentar o desenvolvimento espiritual e sua relação positiva com as demais dimensões, entraram na dança do Mercado e estão transformando suas sedes em ponto comercial, cujo produto principal é a venda de ilusão, travestida de misticismo pseudo-espiritual, explorando crentes-clientes que não enxergam ou não querem enxergar outras possíveis causas de seus problemas, que não pela “ótica cega” do misticismo exagerado.
Diga-se de passagem, se há igrejas explorando, comercialmente, pessoas, isso ocorre porque a dimensão econômica é tão enfatizada e a política está tão desturpada que cresceu o nicho de mercado formado por pessoas em busca de Deus somente como meio de prosperidade material. Em outras palavras, não estão interessadas em Deus, mas no retorno econômico que uma relação com Ele poderia proporcionar. Quando a fome de um se encontra com a vontade de comer do outro, criador e criatura são transformados em meio para se alcançar o “verdadeiro” deus da existência: o dinheiro.
Na tentativa de nadar contra a maré, iniciamos esta coluna visando ser um espaço saudável de reflexão crítica. Tentaremos tratar de coisas da vida a partir de uma perspectiva biblico-teológica. Queremos oferecer aos leitores uma oportunidade de refletir sobre a necessidade de investir em cada uma das dimensões citadas no início, visando a construção de uma vida mais saudável. Não visamos, portanto, fazer proselitismo religioso. Queremos contribuir para aproximação do leitor com Deus e com seus semelhantes, numa relação de amor. Queremos, ao tratar de coisas da vida, ser uma expressão do amor de Deus.
(Publicado no The Brazilian paper, FL, USA)
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