Ponto final (2006)
Há alguns anos venho ocupando este espaço, semana sim, semana não, emitindo opinião sobre aspectos que marcam nossas vidas. O objetivo foi abrir brechas de reflexão que nos ajudassem a fortalecer ou duvidar de alguma crença estabelecida.
Inspirado no discurso Paulino, o título “Examinai Tudo” teve por objetivo fortalecer a idéia de que não há nada intocável debaixo do sol. Tudo merece ser reexaminado, pois a vida é dinâmica e sempre nos apresenta possibilidades novas de entendermos conceitos e experiências.
Escrever o óbvio ou novidade, depende de quem lê. Por isso, nunca me preocupei em ser portador da última novidade, muita menos satisfazer especialistas. Se alguma vez consegui dizer coisas velhas tornando-a nova para alguém, me dou por satisfeito.
Durante esse tempo, recebi manifestações de apoio e de rejeição. Tantas vezes, separados por milhares de quilômetros, pude aprofundar, via e-mail, idéias com pessoas que se sentiram fortalecidas, aliviadas até, através de algo que escrevi. Também recebi e-mails de pessoas insatisfeitas, desaforadas, por se sentirem ofendidas por alguma afirmação que contrariou seus conceitos de vida.
Entre ser político e ser sincero, optei pelo segundo. Nesse sentido, durmo em paz com minha consciência pois jamais escrevi algo que não acreditasse, somente para agradar esta ou aquela personalidade.
Por já ter passado a fase dos mitos e também por, nesses quase meio século de vida, já ter visto tantos caírem do pico do prestígio denominacional para a sarjeta do esquecimento, tantos que viviam sendo bajulados, experimentando a solidão, a rejeição, o desprezo, que nada escrevi visando prestígio, nem me mirei naqueles que hoje lá estão. Estar no poder, ter prestígio, é como estar numa gangorra: hora estamos em cima, hora embaixo. Quem está em pé, disse Paulo, que se cuide para que não caia.
Então, entre ser político que discursa para agradar aqueles que lhe interessam e ser verdadeiro, agradando a Deus e mantendo a consciência em paz, optei pela segunda.
Mas, como tudo que começa termina, decidi parar com esta coluna para enveredar por outros caminhos. Não parar de escrever, mas parar para tentar escrever com mais profundidade e consistência sobre um ou dois temas, no campo da ética social e da teologia, em torno dos quais venho refletindo durante alguns anos. Escrever mais pelo prazer de deixar registrado o resultado de leituras e reflexões do que com pretensões de ser considerado escritor.
Na verdade, a idéia é trabalhar dois temas já amplamente debatidos e publicados, porém, com minhas percepções e palavras. Acredito que a questão não é escrever ou não sobre temas que outros já escreveram, mas escrever de forma que determinado público possa ter acesso devido à linguagem adotada.
Bem, parar com a coluna não significa deixar de enviar textos para apreciação da redação d’OJB. Significa apenas não ter o compromisso de enviar semana sim, semana não. Por isso, tanto os que gostavam do que escrevia nesta coluna, quanto os não me incluíam no seu rol de preferidos, vez por outra me encontrarão nas páginas deste centenário semanário.
Registro, então meus agradecimentos aos que investiram parte do seu precioso tempo lendo o que escrevi e aos dirigentes d’OJB que, num espírito de coerência com os princípios de democracia e liberdade que caracterizam historicamente nossa denominação, sempre publicaram, sem censura, os textos por mim produzidos.
Inspirado no discurso Paulino, o título “Examinai Tudo” teve por objetivo fortalecer a idéia de que não há nada intocável debaixo do sol. Tudo merece ser reexaminado, pois a vida é dinâmica e sempre nos apresenta possibilidades novas de entendermos conceitos e experiências.
Escrever o óbvio ou novidade, depende de quem lê. Por isso, nunca me preocupei em ser portador da última novidade, muita menos satisfazer especialistas. Se alguma vez consegui dizer coisas velhas tornando-a nova para alguém, me dou por satisfeito.
Durante esse tempo, recebi manifestações de apoio e de rejeição. Tantas vezes, separados por milhares de quilômetros, pude aprofundar, via e-mail, idéias com pessoas que se sentiram fortalecidas, aliviadas até, através de algo que escrevi. Também recebi e-mails de pessoas insatisfeitas, desaforadas, por se sentirem ofendidas por alguma afirmação que contrariou seus conceitos de vida.
Entre ser político e ser sincero, optei pelo segundo. Nesse sentido, durmo em paz com minha consciência pois jamais escrevi algo que não acreditasse, somente para agradar esta ou aquela personalidade.
Por já ter passado a fase dos mitos e também por, nesses quase meio século de vida, já ter visto tantos caírem do pico do prestígio denominacional para a sarjeta do esquecimento, tantos que viviam sendo bajulados, experimentando a solidão, a rejeição, o desprezo, que nada escrevi visando prestígio, nem me mirei naqueles que hoje lá estão. Estar no poder, ter prestígio, é como estar numa gangorra: hora estamos em cima, hora embaixo. Quem está em pé, disse Paulo, que se cuide para que não caia.
Então, entre ser político que discursa para agradar aqueles que lhe interessam e ser verdadeiro, agradando a Deus e mantendo a consciência em paz, optei pela segunda.
Mas, como tudo que começa termina, decidi parar com esta coluna para enveredar por outros caminhos. Não parar de escrever, mas parar para tentar escrever com mais profundidade e consistência sobre um ou dois temas, no campo da ética social e da teologia, em torno dos quais venho refletindo durante alguns anos. Escrever mais pelo prazer de deixar registrado o resultado de leituras e reflexões do que com pretensões de ser considerado escritor.
Na verdade, a idéia é trabalhar dois temas já amplamente debatidos e publicados, porém, com minhas percepções e palavras. Acredito que a questão não é escrever ou não sobre temas que outros já escreveram, mas escrever de forma que determinado público possa ter acesso devido à linguagem adotada.
Bem, parar com a coluna não significa deixar de enviar textos para apreciação da redação d’OJB. Significa apenas não ter o compromisso de enviar semana sim, semana não. Por isso, tanto os que gostavam do que escrevia nesta coluna, quanto os não me incluíam no seu rol de preferidos, vez por outra me encontrarão nas páginas deste centenário semanário.
Registro, então meus agradecimentos aos que investiram parte do seu precioso tempo lendo o que escrevi e aos dirigentes d’OJB que, num espírito de coerência com os princípios de democracia e liberdade que caracterizam historicamente nossa denominação, sempre publicaram, sem censura, os textos por mim produzidos.
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