Salvador com prefeito batista? (2008)
Mais uma vez a cidade do Salvador está diante da possibilidade de contar com um prefeito batista. O Deputado Federal Walter Pinheiro, membro da Igreja Batista da Pituba, é candidato à função. O último prefeito vinculado à igreja batista foi Clériston Andrade, da Igreja Batista da Graça, que ocupou o cargo por indicação de ACM, no período da ditadura militar.
Sobre o atual – João Henrique - não disponho de informações precisas. Ouço do possível vinculo com igreja não filiada à Convenção, usuária da marca batista, mas sem compromisso com seus princípios históricos.
Que diferença faria um prefeito batista? A resposta depende da qualidade de sua relação com Deus; do conhecimento e compromisso com princípios históricos defendidos por este segmento cristão; do conhecimento e capacidade administrativa e de sua habilidade política. Neste texto, me aterei apenas aos dois primeiros aspectos.
Um prefeito com sólidas relações com princípios defendidos pelos batistas começaria fazendo diferença pelo profundo respeito que deveria demonstrar às pessoas, especialmente às empobrecidas. Isso porque seria incoerente um forte respeito e compromisso com Deus que não se expressasse igualmente aos semelhantes.
Destacar os empobrecidos não significaria ser inimigo dos enriquecidos, mas reconhecer, no exemplo de Jesus (Lc 4.18) e na recomendação apostólica (Gal. 2.10), uma atenção especial aos que mais sofrem com a falta de acesso à educação, saúde alimentação, habitação ou transporte, por exemplo, por falta de justiça nas relações e estruturas sociais.
Não se trataria de um prefeito sem erros, mas de um prefeito com forte e inequívoca predisposição para não cometer erros. A causa do seu sucesso ou fracasso não poderia ser atribuída à sua origem religiosa, mas, sem dúvida, ela seria um norteador essencial em suas decisões.
Sua relação com Deus não seria puramente místico-contemplativa, pautada exclusivamente na necessidade de um protetor ou abençoador, mas, sobretudo, místico-ativa, comprometida com refletir tal comunhão através de uma ética com raízes profundas.
Um prefeito com sérias relações com a história dos batistas não seria, também, um prefeito só dos batistas, mas de todos. Teria que saber separar as doutrinas e costumes que nos distinguem e nos separam dos demais cidadãos, daqueles que nos aproximam e fazem parte de anseios universais.
Esperar o contrário seria transformar o prefeito em despachante denominacional. Isso, além de repetir erros de discriminação que tanto combatemos no passado, contrariaria princípios de convivência plural respeitosa pelos quais nossos pais tanto lutaram.
Cada batista é livre para votar ou não em quem sua consciência mandar, independente das crenças do candidato. O fato, porém, de termos candidato de formação e compromissos batistas, escolhido por partido sem vínculos denominacionais, deve ser motivo de alegria. Isso indica que, a despeito da alienação que caracteriza parte de nossas igrejas e líderes, o espírito de Deus continua soprando e fazendo brotar aqui e ali sinais de esperança de uma fé engajada, portanto, viva e genuinamente espiritual.
Sobre o atual – João Henrique - não disponho de informações precisas. Ouço do possível vinculo com igreja não filiada à Convenção, usuária da marca batista, mas sem compromisso com seus princípios históricos.
Que diferença faria um prefeito batista? A resposta depende da qualidade de sua relação com Deus; do conhecimento e compromisso com princípios históricos defendidos por este segmento cristão; do conhecimento e capacidade administrativa e de sua habilidade política. Neste texto, me aterei apenas aos dois primeiros aspectos.
Um prefeito com sólidas relações com princípios defendidos pelos batistas começaria fazendo diferença pelo profundo respeito que deveria demonstrar às pessoas, especialmente às empobrecidas. Isso porque seria incoerente um forte respeito e compromisso com Deus que não se expressasse igualmente aos semelhantes.
Destacar os empobrecidos não significaria ser inimigo dos enriquecidos, mas reconhecer, no exemplo de Jesus (Lc 4.18) e na recomendação apostólica (Gal. 2.10), uma atenção especial aos que mais sofrem com a falta de acesso à educação, saúde alimentação, habitação ou transporte, por exemplo, por falta de justiça nas relações e estruturas sociais.
Não se trataria de um prefeito sem erros, mas de um prefeito com forte e inequívoca predisposição para não cometer erros. A causa do seu sucesso ou fracasso não poderia ser atribuída à sua origem religiosa, mas, sem dúvida, ela seria um norteador essencial em suas decisões.
Sua relação com Deus não seria puramente místico-contemplativa, pautada exclusivamente na necessidade de um protetor ou abençoador, mas, sobretudo, místico-ativa, comprometida com refletir tal comunhão através de uma ética com raízes profundas.
Um prefeito com sérias relações com a história dos batistas não seria, também, um prefeito só dos batistas, mas de todos. Teria que saber separar as doutrinas e costumes que nos distinguem e nos separam dos demais cidadãos, daqueles que nos aproximam e fazem parte de anseios universais.
Esperar o contrário seria transformar o prefeito em despachante denominacional. Isso, além de repetir erros de discriminação que tanto combatemos no passado, contrariaria princípios de convivência plural respeitosa pelos quais nossos pais tanto lutaram.
Cada batista é livre para votar ou não em quem sua consciência mandar, independente das crenças do candidato. O fato, porém, de termos candidato de formação e compromissos batistas, escolhido por partido sem vínculos denominacionais, deve ser motivo de alegria. Isso indica que, a despeito da alienação que caracteriza parte de nossas igrejas e líderes, o espírito de Deus continua soprando e fazendo brotar aqui e ali sinais de esperança de uma fé engajada, portanto, viva e genuinamente espiritual.
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