sábado, 1 de agosto de 2009

Um exame de consciência

1 Coríntios 11.23-28
“Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma do pão e beba do cálice” (v.28).

Quando um cristão deixa de celebrar a comunhão no corpo de Cristo, por achar-se em pecado, ele está cometendo um grande equívoco, pois o texto é claro: examine-se e coma.

O exame proposto não é prova de seleção que visa definir aptos e inaptos a participarem deste ato simbólico. Todos os que fomos lavados pelo sangue de Jesus reunimos condições, não por méritos, mas pela maravilhosa graça divina.

Ao nos receber como filhos, Deus o fez sabendo que somos pecadores e continuamos sujeitos a pecar. Daí a recomendação de João: “Não pequem. Se porém alguém pecar, temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo” (I Jo 2.1).

Qualquer pessoa, entretanto, que experimenta a graça de Deus sente-se constrangida diante da simples possibilidade de desviar-se. Ainda que, eventualmente, devido às pressões da vida e limitações humanas, venha a cometer pecado, isso não será prazeroso. Pelo contrário, em sua consciência acenderá uma luz amarela.

As palavras de Paulo visam ajudar-nos, primeiro, a não participarmos de forma leviana, superficial. Segundo, trata-se de oportunidade para fazermos um exame de consciência, uma espécie de varredura espiritual, a fim de verificar se estamos acumulando lixo em nosso coração que possa gerar doenças.

Algumas doenças poderiam ser prevenidas mediante permanente exame de consciência, reconhecimento de pecados e busca de perdão. Foi o caso de Davi: “Enquanto eu mantinha escondidos os meus pecados, o meu corpo definhava de tanto gemer”(Sal 32.3).

Não precisamos esperar o dia da celebração da ceia para um exame de consciência. Mas não devemos deixar que ele passe sem fazê-lo.

(Texto produzido para a Revista Manancial, da UFMBB e publicado na 1ª quinzena de maio)

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